'Ilhas', de Steven Roger Fischer, ganha nova impressão

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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Imagem interna do livro: Naufrágio e soldados armados em uma ilha do Egeu na primeira metade do segundo milênio a. C. (página 116)

Ilhas: de Atlântida a Zanzibar, título de Steven Roger Fischer que agora ganha uma nova impressão, é um estudo sobre estas formações geológicas que tiveram grande importância para diferentes comunidades humanas. Tais laboratórios culturais e biológicos, que abarcam grandes e até mesmo países inteiros, também podem abrigar pequenas comunidades agrícolas, colônias penais ou se tornarem refúgios para a vida selvagem.

Dentro dessa diversidade, Fisher mostra como nesses pequenos universos isolados constituem como a medida da própria humanidade, já que tiveram um papel fundamental na evolução da espécie humana, capacitando-nos à adaptação vitoriosa e à expansão global.

As ilhas são os cadinhos e berços, as pontes e ligações da Terra. Da lendária Atlântida ao poderoso Japão, da Creta minoica à moderna Manhattan, de Taiwan ao Taiti, as ilhas fascinaram e fortaleceram, inspiraram e enriqueceram, encantaram e salvaram. Foram, geológica e biologicamente, corresponsáveis pela própria existência da Terra como a conhecemos. Caracterizadas eternamente como destinos e marcos, as ilhas figuram entre os principais locais de origem de plantas, animais e hominídeos do planeta. Sejam elas e lagos, as ilhas são os autênticos universos que deram origem às primeiras samambaias e aves e, em seguida, contribuíram para a formação do Homo sapiens sapiens. Portanto, na história da humanidade, na economia, na política, na literatura, na arte, na psicologia e em tantas outras áreas, as ilhas balizam a própria espécie humana.

Ilhas contempla todos esses elementos em sua enormidade de aspectos. O fotógrafo surrealista norte-americano Man Ray (1890- 1976) declarou certa vez que não há progresso em como se faz arte, tal qual não existe progresso em como se faz amor – existem apenas maneiras diferentes de fazê-lo. E o mesmo vale para se “compreender” as ilhas. É claro que é possível descrevê-las segundo critérios individuais pela análise específica do geólogo, do botânico, do historiador, do economista, do cientista político etc. São incontáveis as rotas que se aproximaram dos litorais insulares, tantas vezes navegados. Uma “maneira diferente de fazê-lo”, como propôs Man Ray, seria carregar cada uma dessas disciplinas em um único navio: isto é, arriscar uma “nesologia” (do grego nesos, “ilha”) – um estudo abrangente sobre ilhas. Esse é o propósito de Ilhas. (Prefácio de Ilhas, escrito por Steven Roger Fischer, páginas 1 e 2)

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp