O linguista Noam Chomsky
Referência obrigatória nos estudos sobre linguística, o livro Linguagem e mente, de Noam Chomsky, recebeu nova tiragem.
Na obra, o brilhante teórico da sintaxe discute sob novos ângulos até que ponto os princípios da linguagem são exclusivamente dependentes das características biológicas dos indivíduos, questão que o levou a conduzir uma revolução cognitiva nos anos 60 do século passado.
Esta terceira edição conta com um texto resultado da participação de Chomsky em conferência para o grande público realizada em 2004, na qual resgata a força de uma teoria biolinguística que já tomava corpo ao redor de seus estudos nos anos 1950, quando se opôs ao estruturalismo behaviorista. O recente ensaio aborda alguns dos importantes desenvolvimentos das últimas décadas e torna mais acessível o pensamento do autor, possibilitando ao leitor compreender os esforços despendidos para “biologizar” a linguagem.
Acompanhando as novidades dessa edição estão os consagrados ensaios que marcaram a história do estudo da linguística. Os primeiros capítulos apresentam as ideias de Chomsky sobre a natureza e a aquisição da linguagem como um sistema biológico, dotado geneticamente (Gramática Universal), cujas regras e princípios adquirimos como conhecimento interiorizado. Há espaço para apresentar a interpretação semântica de estruturas sintáticas e abordar as relações com a psicologia e a filosofia.
Em conjunto com a reflexão que trabalha as novas investigações empíricas, Chomsky revitaliza mais uma vez as áreas afins da aquisição e do processamento da linguagem. Com isso, Linguagem e mente abre perspectivas inaugurais para “novos e entusiasmantes desafios para o estudo da linguagem, em particular, e para os problemas sobre a mente, em geral”.