O pensamento de Hannah Arendt

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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Em homenagem ao nascimento de Hannah Arendt, em 14 de outubro de 1906, em Hanôver, Alemanha, e às contribuições da filósofa para o pensamento crítico, a Editora Unesp oferece 20% de desconto em título que aborda sua produção. 

Os conflitos do século XXI trouxerem novos termos para o debate geopolítico: fundamentalismo, terrorismo e conflito de civilizações ocuparam o lugar de guerrilhas latino-americanas, imperialismo norte-americano e revolução cultural. Mas permanece, mesmo que com diferentes representações, a possibilidade da violência como arma revolucionária, tema que Maria Ribeiro do Valle aborda em A violência revolucionária em Hannah Arendt e Herbert Marcuse (192 páginas, de R$ 46 por R$ 34,50) relacionando o plano teórico de dois autores paradigmáticos. Partindo das concepções filosóficas distintas de Arendt e Marcuse, Maria Ribeiro do Valle nos oferece amplos subsídios para o aprofundamento da questão sobre o uso da violência e o seu contraponto, o diálogo, para a transformação da sociedade. Neste sentido, questiona as leituras que os dois autores fazem de Marx e suas concepções políticas, que implicam diagnósticos diversos para uma mesma conjuntura histórica: a contestação estudantil dos anos 60. O que a leva à pergunta de como explicar a retomada das utopias anticapitalistas do século XIX: devemos “recolocá-las na história” ou desconsiderá-las devido ao “anacronismo” de suas categorias?

Neste resgate dos fundamentos epistemológicos que nortearam as reflexões de Arendt e Marcuse, há a remissão (além daquela devida a  Marx) ao pensamento de Tocqueville, Freud, Hegel e à tradição grega. Em relação a Marcuse, contrasta o pessimismo dominante em seus trabalhos de 64 com a nova concepção de revolução social gerada a partir da experiência contestatória dos anos 60, chegando aos argumentos em favor da legitimidade ética e política da violência transformadora. E vemos em Arendt a crítica à tradição hegeliano-marxista, que a leva a negar qualquer potencialidade transformadora aos movimentos estudantil e de libertação colonial.

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp