No mês de maio, duas importantes datas marcam historicamente a conflituosa relação entre Israel e Palestina. Em 14 de maio de 1948 foi anunciada a criação de Israel. A medida foi baseada em uma resolução aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que previa a divisão do território da Palestina, até então controlado pelos britânicos, em dois estados: um árabe e um judeu. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, após milhões de judeus serem mortos pelo Holocausto nazista, houve uma pressão pelo estabelecimento de um Estado judeu.
Após a fundação de Israel aumentaram tensões e Egito, Jordânia, Síria e Iraque invadiram o território. O acontecimento foi a primeira guerra árabe-israelense, também conhecida pelos judeus como a guerra da independência. Depois dos ataques, o território originalmente planejado pela ONU para um Estado árabe foi reduzido pela metade. Os palestinos chamam a ocorrido de Nakba (significado da palavra “catástrofe” em árabe), e todo dia 15 de maio relembram a fuga e expulsão pelas tropas israelenses de mais de 700 mil palestinos.
Para ampliar o conhecimento sobre as disputas religiosas e históricas que marcam a delicada relação entre Israel e Palestina, a Editora Unesp destaca alguns livros de seu catálogo que tratam de questões relacionadas ao tema.
Israel-Palestina: A construção da paz vista de uma perspectiva global
Organizadores: Gilberto Dupas e Tullo Vigevani | 322 páginas | R$ 60,00
Dois povos se envolvem num conflito persistente que parece resistir incólume a cada tentativa de pacificação. Israelenses e palestinos propõem a negociadores e analistas um enorme quebra-cabeça político, cada vez mais associado ao fanatismo religioso e nacionalista. Existiria uma forma de acabar com o que parece ser um infindável derramamento de sangue? O que explica o fracasso de uma solução estável para a guerra na região? Este livro procura expor a complexidade dessas perguntas e fornecer elementos que permitam entender e entrever as condições necessárias para uma resposta.
A pena e a espada: Diálogos com Edward W. Said
Autor: David Barsamian | 176 páginas | R$ 36,00
As cinco entrevistas compiladas na obra não se limitam a discutir a prolífera produção do crítico Edward Said. Realizadas pelo jornalista David Barsamian entre 1987 e 1994, elas apresentam o homem detrás da obra, desvelando suas angústias e opiniões sobre um momento histórico impar para as relações entre Israel e a Palestina.
A questão da Palestina
Autor: Edward W. Said | 368 páginas | R$ 58,00
Edward Said é considerado um ícone da resistência política e cultural da Palestina. Nesse texto, Said lembra que entre 1978 e 1992, quando considerava a questão palestina “a última grande causa do século 20”, um mundo novo havia surgido, moldado por inúmeros fatos. No Oriente Médio, a invasão do Líbano por Israel, em 1982, o início da longa intifada, em 1987, a crise e a Guerra do Golfo, de 1990 a 1991, e a conferência de paz de 1991, além da revolução iraniana. No Leste Europeu, a dissolução da União Soviética, na África, a libertação de Nelson Mandela e a independência da Namíbia e, na Ásia, o fim da guerra do Afeganistão. “No entanto, causando estranheza e infortúnio, a questão palestina persiste – sem solução, aparentemente irreconciliável, indomável”, escreveu Said, mudando o tom ligeiramente otimista que imprimiu ao livro.
O crime ocidental
Autora: Viviane Forrester | 192 páginas | R$ 44,00
A autora analisa o antissemitismo deflagrado na II Guerra Mundial, esmiuçando seus agentes, motivos e desdobramentos, como o surgimento do sionismo e a criação do Estado de Israel, dando ênfase aos conflitos árabe-israelenses e ao colonialismo judeu na Palestina.