Projeto destaca 9 títulos da Editora Unesp dentre os 200 essenciais para entender o Brasil

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quarta-feira, 29 de maio de 2024

Lista aponta importância das obras no cenário cultural e acadêmico brasileiro
(imagem: reprodução da capa da publicação)

Quais são os 200 livros mais relevantes para entender o Brasil? Para responder a essa pergunta, surgiu o projeto 200 anos, 200 livros. Após um trabalho longo e minucioso, amparado em uma série de critérios rigorosos, a Associação Portugal Brasil 200 anos, a Folha de S.Paulo e o Projeto República, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), concluíram e divulgaram uma lista com 200 obras.

A seleção foi baseada em sugestões de 169 especialistas, incluindo historiadores, sociólogos, antropólogos, romancistas, economistas e juristas, principalmente do Brasil, mas também de Portugal, Angola e Moçambique. Cada curador indicou ao menos três livros importantes para compreender o Brasil, com uma justificativa para cada obra.

Dentre os 200 títulos escolhidos, nove são publicados pela Editora Unesp, sendo quatro em caráter exclusivo e cinco também por outras editoras, destacando a relevância da editora no cenário cultural e acadêmico brasileiro.  

Exclusivos da Editora Unesp

Homens livres na sociedade escravocrata

Maria Sylvia de Carvalho Franco, 253 páginas, não-ficção, Sociologia

Um estudo sobre a formação da sociedade e do Estado brasileiro a partir da análise do ciclo do café, tendo como base empírica a produção cafeeira no Vale do Paraíba, durante o século 19.

Quem indicou: André Botelho, Angela Alonso, Sérgio Abranches | Colocação: 33º lugar   

Em busca do povo brasileiro: Artistas da revolução, do CPC à era da TV

Marcelo Ridenti, 464 páginas, não-ficção, História

Reconstruir o país após uma ditadura pressupunha reencontrar o povo brasileiro e suas aspirações. O livro recupera essa busca empreendida por intelectuais e artistas da época.  

Quem indicou:  Rodrigo Cássio Oliveira | Colocação: 95º lugar 

Em costas negras: Uma história do tráfico de escravos entre a África e o Rio de Janeiro

Manolo Florentino, 312 páginas, não-ficção, História

Por meio da perspectiva econômica e social, o historiador analisa dois dos cerca de três séculos de tráfico atlântico de escravos.

Quem indicou: Boris Fausto, Maria Mazarello Rodrigues | Colocação: 50º lugar   

O caráter nacional brasileiro: História de uma ideologia

Dante Moreira Leite, 458 páginas, não-ficção, Sociologia, Psicologia

Discute a construção da ideia de caráter nacional brasileiro, com uma análise que recorre à literatura, à sociologia e à própria história do país.

Quem indicou: Sérgio Augusto | Colocação: 95º lugar  

Publicados por várias editoras

Iracema: Lenda do Ceará

José de Alencar, ficção, romance

Símbolo do Romantismo, narra a história de uma mulher indígena que se apaixona por um homem branco, lenda ligada à história da fundação do estado do Ceará.

Quem indicou: Afonso Reis Cabral, Leda Maria Martins | Colocação: 50º lugar    

Macunaíma: O herói sem nenhum caráter

Mário de Andrade, ficção, romance

A rapsódia experimental conta a história de Macunaíma, “o herói sem nenhum caráter”, cuja saga é marcada pela busca do muiraquitã, talismã dado por sua companheira e posteriormente perdido.

Quem indicou: Ana Luisa Escorel, Bernardo Carvalho, Candido Bracher, Danilo Santos de Miranda, Eduardo Jardim, Fernanda Torres, Heloisa Buarque de Holanda, João Silvério Trevisan, Laerte, Maria Herminia Tavares, Milton Hatoum, Noemi Jaffe, Petronio Domingues, Rosiane Rodrigues de Almeida, Sérgio Augusto | Colocação: 7º lugar  

Memórias de um sargento de milícias

Manuel Antônio de Almeida, ficção, romance

Publicado originalmente em folhetins, o livro, representante do romantismo brasileiro, revive o Rio de Janeiro do início do século 19 ao contar a história de Leonardo, malandro que se tornou sargento de milícias.

Quem indicou: Ruy Castro | Colocação: 95º lugar   

Triste fim de Policarpo Quaresma

Lima Barreto, ficção, romance

Ambientado no Rio de Janeiro do final do século 19, conta a história do major Policarpo Quaresma, empenhado de forma obstinada em valorizar a cultura do país.

Quem indicou: Geovani Martins, Leda Maria Martins, Lilia Schwarcz, Luiz Fernando Carvalho, Marilene Felinto, Tom Farias, Wlamyra Albuquerque | Colocação: 16º lugar  

Quincas Borba

Machado de Assis, ficção, romance Romance da fase realista do autor, narra a ruína do professor Rubião, que se muda de Barbacena (MG) para o Rio de Janeiro após herdar a fortuna de um amigo, o filósofo Quincas Borba.

Quem indicou: Milton Hatoum | Colocação: 95º lugar 

A lista completa dos 200 títulos selecionados está disponível na página do projeto 200 anos, 200 livros.

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Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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