Obra premiada de Anita Simis, Estado e cinema no Brasil desvenda os aspectos políticos relacionados à economia e à legislação cinematográfica e demonstra a existência de dois momentos distintos das relações entre o Estado e o cinema: um autoritário e outro democrático. O livro, pioneiro na investigação sistemática do tema, tem importância seminal dentro deste campo de estudos.
A primeira parte da obra trata das relações entre o cinema, a ação cultural educativa e formativa e a propaganda oficial. Já a segunda parte promove a discussão entre as propostas para a constituição de um Conselho Nacional de Cinema. Na oportunidade, é feita uma análise da crise no suposto processo de industrialização, do início da década de 50, para compor o panorama da trama, que culmina na criação do Instituto Nacional de Cinema durante o regime militar.
Assim, por exemplo, a Companhia Vera Cruz, um dos símbolos da tentativa de se criar no Brasil uma indústria cinematográfica nos moldes da norte-americana – grandes estúdios com maquinários modernos, fartura de capital, técnicos e especialistas em tempo integral – é analisada a fundo. Ao lançar seus primeiros filmes a partir de 1950, imediatamente se tornou um contraponto à modesta chanchada carioca, mas entrou em crise logo depois. Quais os motivos de projetos como a Vera Cruz, Maristela e Multifilmes fracassarem enquanto os filmes norte-americanos aqui exibidos geravam lucros enormes? Questões como essa são respondidas pela pesquisadora Anita Simis ao longo de Estado e cinema no Brasil, lançamento da Editora Unesp.
Escrita há 22 anos, a obra foi vital para a reformulação da historiografia sobre o cinema no Brasil, pois, em geral, os trabalhos que articulavam história e cinema resultavam em histórias de personalidades e filmes. O que Anita Simis buscou foi completar essa relação com estudos sobre questões legais e econômicas da indústria cinematográfica, aspectos fundamentais para se compreender as razões para que no Brasil o cinema não tenha alcançado o mesmo nível de desenvolvimento que teve em outros países.
Isso significa pensar de maneira crítica os modelos possíveis para a produção cinematográfica brasileira. O livro não tenta traçar a história da relação entre cinema e Estado, mas uma comparação entre dois momentos políticos distintos na história da sétima arte brasileira: o autoritarismo de 1930-1945 e a democracia de 1945-1964. E, nessa trajetória, ainda fornece subsídios para estudos sobre, por exemplo, cinema como educação ou como propaganda política, além de explorar temas como “O Tratado de Comércio entre o Brasil e os EUA” e o “Gatt e o cinema brasileiro”, novidades desta terceira edição revista e ampliada.
Sobre a autora - Anita Simis é formada em Ciências Sociais pela USP e doutora em Ciência Política pela mesma instituição (1993), sendo livre-docente em Sociologia da Comunicação pela Unesp desde 2010. Atua na área de Sociologia da Comunicação, com ênfase em política cultural, política cinematográfica, televisão, rádio, produção independente e indústria cultural. Em 2007, o presente livro recebeu o Prêmio Rumos Pesquisa: Gestão Cultural, oferecido pelo Itaú Cultural.
Título: Estado e cinema no Brasil
Autora: Anita Simis
Número de páginas: 304
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 58,00
ISBN: 978-85-393-0604-6
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