Obra está na terceira edição
A fundadora do Partido Comunista Alemão Rosa Luxemburgo, em 1915, resumiu os dilemas da civilização na sentença “socialismo ou barbárie”. Hoje, ao olhar para sentimentos como nacionalismo, xenofobia e racismo, pertencentes àquela época, mas que parecem assombrar o século XXI, Isabel Loureiro oferece na 3ª edição revista de Rosa Luxemburgo: os dilemas da ação revolucionária, uma perspectiva para se discutir as ideias e as ações dessa polonesa radicada na Alemanha. O texto ganhou reimpressão.
“Foi minha intenção mostrar ao longo deste livro que o ‘dogmatismo’ teórico identificado por alguns em Rosa Luxemburgo é matizado por uma defesa apaixonada da ação espontânea das massas populares, a única que pode construir coletivamente um espaço de não sujeição ao capital”, escreve Loureiro.
Ao longo de quatro capítulos, a autora caminha pelo pensamento de Luxemburgo, tomando sempre como norte a crença de que a superação do capitalismo, que ela identificava com socialismo, representava a única opção para que a humanidade não sucumbisse à barbárie. Essa ideia ela nunca abandonou, frisa Loureiro.
“A qualidade excepcional do livro de Isabel Loureiro resulta não só de seu conhecimento profundo da obra e da vida de Rosa Luxemburgo, da vasta literatura secundária, mas também e sobretudo de sua capacidade de repensar criticamente a relação entre teoria marxista e prática revolucionária”, anota o pensador Michael Löwy, que assina as orelhas. “O que ela nos oferece não é outra biografia de Rosa Luxemburgo – já existem suficientes obras nesse terreno –, mas um livro filosófico sobre o pensamento daquela que Franz Mehring considerava o melhor discípulo de Marx.”