Confira uma seleção de títulos que abordam múltiplos aspectos da questão
Falar sobre suicídio ainda é tabu. Os números, alarmantes, não deveriam silenciar a discussão sobre o assunto, mas, ao contrário, potencializá-la: segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, o Brasil registrou 6,1 casos de suicídios para cada 100 mil habitantes, um aumento de 7% em relação a 2010. Por ano, no mundo todo, são 800 mil pessoas que tiram a própria vida - uma a cada quarenta segundos.
E a pandemia de Covid-19 trouxe ainda mais desafios ao tema: nunca o brasileiro pesquisou tanto sobre transtornos mentais - causa de fundo de mais de 98% dos suicídios - na internet, segundo dados do Google publicados pelo Estadão.
Daí a importância da campanha Setembro Amarelo, realizada todos os anos, para lembrar à sociedade que é preciso falar sobre suicídio. Como parte desse esforço, a Fundação Editora da Unesp dá sua contribuição trazendo uma seleção de obras de seu catálogo e de outras editoras que discutem a questão do suicídio, de forma a investigar o fenômeno em suas raízes mais profundas.
Confira a seleção de títulos da Editora Unesp abaixo e a lista completa aqui.
Autor: José Manoel Bertolote | Páginas: 144 | R$ 38
Desde a Antiguidade, o suicídio é uma questão que intriga aqueles que ficam: o que levaria a tamanho rompimento com o primeiro dos instintos humanos? Este livro estuda o suicídio em profundidade, aproximando-se de suas possíveis causas e sugerindo caminhos para prevenir esse ato extremo.
Autor: Philippe Ariès | Páginas: 838 | R$ 160
Ao contrário do que o título pode sugerir, O homem diante da morte, de Philippe Ariès, é uma obra serena. Resultado de anos de pesquisa, o livro se transfigura em um profundo mergulho no inconsciente coletivo em torno do tema da morte para o homem ocidental através dos séculos.
Autor: Allan Kellehear | Páginas: 538 | R$ 116
O médico Kellehear justifica seu interesse no morrer porque ao estudá-lo vemos o reflexo do tipo de pessoa que somos. Ou seja, a conduta no morrer revela as forças sutis, íntimas e desapercebidas em nossa vida cotidiana que moldam nossa identidade e individualidade. Essa experiência, simultaneamente complexa e natural, é investigada em um voo panorâmico de 2 milhões de anos, da alvorada da consciência da mortalidade, na Idade da Pedra, à Era Cosmopolita, identificando e descrevendo os padrões típicos do morrer em cada período, com suas características morais e culturais, tensões e contradições.
A sociedade ocidental diante da morte voluntária
Autor: Georges Minois | Páginas: 426 | R$ 92
Nas célebres análises de Michel Vovelle, François Lebrun, Pierre Chaunu, Philippe Ariès, John MacManners, dentre outros, sobre a morte nos tempos de outrora, existe uma grande ausência: a morte voluntária. No presente livro, Georges Minois realiza um voo de amplo alcance, debruçando-se sobre farta documentação, para tentar ampliar nosso arsenal argumentativo sobre um dos últimos tabus do nosso tempo.
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Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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