'Trajetórias das desigualdades' ganha nova tiragem

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terça-feira, 12 de maio de 2020

Tema inesgotável da agenda pública, o debate sobre a desigualdade no Brasil é objeto de paixões desenfreadas. Discussões impetuosas, travadas ao sabor das conveniências de ocasião, quase sempre turvam diagnósticos abrangentes e necessários para a compreensão desse fenômeno. Trajetórias das Desigualdades: como o Brasil mudou nosúltimos cinquenta anos, organizado por Marta Arretche, navega em direção contrária e procura caminhar além do terreno da especulação. Esta obra, que acaba de ganhar nova tiragem, desmonta a tese clássica segundo a qual o Brasil teria vivido uma “inaceitável estabilidade” da desigualdade.

Em 14 ensaios, que abordam educação e renda, políticas públicas, demografia, mercado de trabalho e participação política, o livro demonstra que, na verdade, as desigualdades entre os brasileiros foram expressivamente reduzidas nas últimas décadas, embora o país continue entre os mais desiguais do planeta.

O período analisado é um dos mais distintos econômica e politicamente já vivenciados no país, os 50 anos compreendidos entre 1960 e 2010. E as análises baseiam-se nos dados de seis censos demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) naquele intervalo de tempo. Os textos evocam imagens que refletem uma transição acelerada de um país de perfil rural e homogeneamente empobrecido, em que apenas 20% dos jovens de até 15 anos concluíam os quatro anos de ensino básico, para um país urbano, que praticamente universalizou o acesso ao ensino fundamental, ampliou significativamente o alcance dos serviços públicos e aumentou em onze anos a expectativa de vida média de sua população.

A obra está com 40% de desconto, saindo de R$ 82,00 por R$ 49,20, na promoção da Editora Unesp.

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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