Três livros da Coleção Revoluções do Século 20 ganham reimpressão

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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Emília Viotti da Costa, em julho de 2007, no pátio interno da Sterlling Library, Yale University (foto: Cláudio Versiani)

A Coleção Revoluções do Século 20, organizada por Emilia Viotti da Costa ‒ uma das mais eminentes historiadoras do Brasil ‒, traça um painel amplo de grandes movimentos que sacudiram o século passado. Escritas por autores de posições políticas diversas, as obras têm como objetivo tornar mais conhecidos do grande público aqueles movimentos revolucionários que eclodiram em todo mundo e moldaram a face política de nossa época. Três obras que a compõem ganharam nova tiragem: A Revolução Chilena, de Peter Winn, A Revolução Cubana, de Luis Fernando Ayerbe, e A Revolução Vietnamita: Da libertação nacional ao socialismo, de Paulo Fagundes Visentini. 

Saiba mais sobre as obras a seguir: 

A Revolução Chilena
Peter Winn

Segundo as palavras de Salvador Allende: “milhões de pessoas no mundo querem o socialismo, mas não querem ter de enfrentar a tragédia da guerra civil para consegui-lo”. A resposta do próprio Allende e do povo chileno a esse anseio foi consubstanciada pela experiência democrática socialista inaugurada em 1971. Jornada ainda hoje paradigmática na evidenciação dos limites da democracia liberal, os três conturbados anos do governo liderado pela Unidade Popular, levaram à tragédia épica de setembro de 1973 e à subsequente violência e ao obscurantismo da ditadura militar. Esta jornada heroica, mas frustrada, alerta para as dificuldades e complexidades com que se defronta a concretização conjunta dos ideais clássicos da liberdade e da justiça social igualitária.

A Revolução Cubana
Luis Fernando Ayerbe

Por mais de cinquenta anos, a trajetoria da experiência revolucionária em Cuba abrigou personalidades marcantes, como Che Guevara, e acontecimentos dramáticos, como a Crise dos Mísseis. Todos esses icones históricos do século XX entrecruzam-se com a profunda reestruturação interna da economia e sociedade cubanas e o associado desafio à antes incontrastada hegemonia dos Estados Unidos sobre a América Latina. A complexidade desses elementos não deve ser menosprezada e, em si, é uma explicação para as paixões e a batalha interpretativa ainda hoje evocadas por essa evolução caribenha.

A Revolução Vietnamita: Da libertação nacional ao socialismo
Paulo Fagundes Visentini

"O pequeno país heroico que derrotou a maior das potências militares" – este título transformou-se em lugar comum e, embora honroso, tende a reduzir o Vietnã a mero coadjuvante em uma peça em que os verdadeiros protagonistas são os titãs da Guerra Fria. A trajetória vietnamita, entretanto, é muito mais ampla, seja em sua extensão temporal, seja em seus significados político e histórico. A revolução vivida no Sudeste asiático espelha as tensões e anseios de uma nação que desde sua origem milenar adquiriu com sangue o direito de existir e ainda busca um futuro justo para seus filhos.

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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