Este notável trabalho de Quentin Skinner desenvolve uma reavaliação radical da teoria política hobbesiana. Fazendo uso de um número impressionante de fontes manuscritas e impressas, Skinner alicerça uma leitura inteiramente nova do desenvolvimento intelectual de Hobbes e reexamina a passagem da cultura humanista para a científica no pensamento político e moral europeu. Ergue-se, assim, uma peça essencial para a intelecção da obra de um dos mais difíceis, influentes e desafiadores filósofos políticos.
Quentin Skinner é um historiador britânico, conhecido como um dos principais integrantes da Escola de Cambridge. No Brasil, teve publicados também "Maquiavel - Pensamento Político", "Razão e Retórica na Filosofia de Hobbes", este último também pela editora Unesp.
Este ensaio de um dos mais destacados historiadores do mundo inicia-se procurando recuperar e justificar a teoria neo-romana dos cidadãos livres e dos Estados livres como ela se desenvolveu no início da Inglaterra moderna, e termina com uma poderosa defesa da natureza, propósitos e metas da história intelectual e da história das idéias.
Este livro descreve uma guinada crucial na evolução do pensamento europeu: de uma postura introspectiva, condescendente em relação à ignorância e à falta de precisão, para uma diferente maneira de se abordar o mundo - em termos visuais e quantitativos. Crosby mapeia as origens e o impacto dessa revolução, considerando-a um dos elementos fundamentais para o extraordinário sucesso do imperialismo europeu e da supremacia do pensamento científico.
Uma seleção criteriosa de cartas de Darwin, feita por um dos mais respeitados especialistas na matéria. O objetivo da coletânea não é simplesmente o de fornecer elementos biográficos sobre o naturalista inglês, mas sim o de dar ao público um importante escorço para a discussão dos mais significativos aspectos do pensamento darwiniano.
O autor aborda a teoria política de Thomas Hobbes (1588-1679) não simplesmente como um sistema geral de ideias, mas também como uma intervenção polêmica nos conflitos ideológicos de seu tempo, dentro de uma concepção em que as palavras são consideradas atos. Nesse sentido, é possível captar que tipo de influência os textos de Hobbes podem ter exercido no período em que foram escritos. O livro realiza uma avaliação não meramente do que Hobbes diz, mas do que ele faz ao propor seus argumentos. As abstratas obras de teoria política não são, nesse aspecto, vistas nas alturas filosóficas, mas como um universo de alusões em que é possível identificar aliados e adversários concretos e um posicionamento no espectro do debate político. Isso permite estudar as cambiantes opiniões sobre a liberdade do filósofo inglês.
Os ensaios incluídos neste livro foram escritos por alguns dos maiores especialistas na filosofia popperiana. Estas contribuições - cobrindo um espectro que vai desde a epistemologia à ética e filosofia política - são um claro exemplo da influência e fertilidade das propostas de Popper no cenário da filosofia contemporânea.