Resultado de pesquisa realizada pela autora, tendo em vista suas dúvidas e inquietudes como professora da rede oficial do ensino e estudiosa da História, esta obra aborda diferenças entre o ensino na década de 1960 e o contemporâneo, discorrendo a respeito de aproximações e distanciamentos entre o professor do passado e o do presente. Discute a ideia de que a escola antiga não é nem melhor, nem pior que a atual, mas diferente, por trabalhar com outra clientela, outra cultura histórica e docente e outros referenciais teóricos. Para os defensores da escola moderna, a "fase de ouro da escola pública" oferecia um ensino elitista e trabalhava conteúdos prontos de forma expositiva, sendo que o ensino atual não atinge a qualidade desejada porque os docentes são mal-remunerados, despreparados e resistem ao novo. Os professores mais antigos, considerados tradicionais, duvidam das novas propostas pedagógicas, afirmam que a escola está em decadência, por aprovar alunos sem conhecimento, e veem com desconfiança teorias que postulam não haver verdades acabadas a transmitir e que consideram a pesquisa como princípio pedagógico.
Emery Marques Gusmão é mestre em História, doutora em Educação e trabalhou nove anos na rede estadual de ensino. Atualmente leciona Didática na Unesp, câmpus de Assis (SP), e pesquisa a história das mais antigas instituições escolares da região oeste de São Paulo.
Os métodos da chamada "nova história cultural" têm sido amplamente discutidos nos últimos anos. Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke teve a excelente ideia de entrevistar alguns praticantes desse "estilo" de história, pedindo-lhes que justificassem suas abordagens e também que, refletindo sobre suas trajetórias intelectuais, contassem um pouco de suas próprias histórias. O resultado dessas conversas é uma série de diálogos, ao mesmo tempo informais e esclarecedores, que conseguem a façanha de levar o leitor para a intimidade da "oficina" do historiador.
Neste livro, Jacques Rancière propõe uma poética do saber: um estudo do conjunto dos procedimentos literários pelos quais um discurso se subtrai da literatura, dá a si mesmo um status de ciência e significa-o. A poética do saber se interessa pelas regras segundo as quais um saber se escreve e se lê como um discurso específico. Ela procurar definir o modo de verdade ao qual ele se destina.
Neste livro, Filipe Mendonça faz uma análise da política comercial norte-americana dos anos 1980, mas nos oferece uma visão abrangente. Trata-se de análise especializada, com amplo olhar sobre questões fundamentais para a compreensão daquela política. Por isso o peso que tem a política externa e internacional, sempre focando nas relações dos âmbitos doméstico e internacional. O autor busca, ao longo do trabalho, demonstrar as motivações principais das mudanças na política norte-americana, muito fortemente marcadas pelo Omnibus and Trade Competitiveness Act de 1988, que marca a definitiva implementação do fair trade, internacionalmente conhecido pela revitalização do sistema de sanções pelas Super 301 e Special 301. Trabalho ganhador do disputado Prêmio Franklin Delano Roose-velt de Estudos sobre os Estados Unidos da América 2011, atribuído pela embaixada dos Estados Unidos em Brasília.
Neste livro, Jacques Rancière continua sua sutil reflexão sobre o poder da representação de imagens de arte. Como a arte contribuiu para eventos que atravessaram uma era? Que lugar atribui aos atores que participaram desses eventos - ou que deles foram vítimas? De Alexander Medvedkine a Chris Marker, de Humphrey Jennings a Claude Lanzmann, mas também de Goya a Manet, de Kandinsky a Barnett Newman, ou de Kurt Schwitters a Larry Rivers, essas questões remetem à história da própria arte. Perguntar sobre a forma como os artistas recortam o mundo sensível para isolar ou redistribuir seus elementos é questionar a política presente no coração de qualquer abordagem artística. Para Jacques Rancière, não há imagem que não traga em si inúmeras possibilidades de reflexão sobre o contexto em foram produzidas, seja pelo que mostram, seja pelo que ocultam.
Peter Burke é um dos principais nomes da nova história britânica e especialista em história moderna européia. Neste volume, ele retorna às questões de método para apresentar as tendências recentes da prática historiográfica. Reunindo textos de alguns dos mais importantes historiadores contemporâneos, Burke oferece um painel geral das perspectivas e desafios do saber histórico do século XX.