Inimigos da esperança é um ensaio de Lindsay Waters que objetiva "exortar os acadêmicos a tomar medidas para preservar e proteger a independência de suas atividades, tais como escrever livros e artigos, da forma como antigamente os concebiam, antes que o mercado se torne nossa prisão e o valor do livro seja depreciado". Para ele, "os editores acadêmicos enfrentam perigos oriundos de todos os lados: do público, dos contribuintes, dos professores, dos estudantes, dos bibliotecários, de seus próprios colegas. Entre os administradores universitários e os próprios editores acadêmicos, que parecem se sentir forçados a concordar com expectativas que não são razoáveis, surgiu a idéia de que as editoras universitárias deveriam se transformar em 'centros lucrativos' e contribuir para o orçamento geral da universidade. De onde veio essa idéia? Ela é péssima. Desde Gutenberg, temos registro financeiros contínuos sobre as publicações no Ocidente, e está provado que os livros são um negócio ruim. ... E a idéia de tentar extrair dinheiro das editoras Universitárias - as mais pobres de todas as editoras - é o mesmo que esperar que os ratos da igreja contribuam para a conservação do local".
Autor deste livro.
A relação entre a lógica e a linguagem é um dos principais pontos deste livro. O estudo de termos como validade, conectivos sentenciais, quantificadores, termos singulares, sentenças, enunciados, teorias da verdade, paradoxos, lógica modal e polivalente ocorre de uma maneira que privilegia a pluralidade de interpretações. Dessa maneira, são gerados problemas e perguntas - nem sempre respondidas, mas invariavelmente instigantes - que permitem os professores, estudantes de lógica e, de maneira geral, a todos aqueles interessados na dinâmica da argumentação, ampliar a sua visão do assunto, estimulando o diálogo com outras áreas do conhecimento.
Um dos principais méritos da coletânea Recursos da esperança é cobrir o período mais intenso da produção de Raymond Williams, reunindo palestras e textos veiculados entre as décadas de 1950 e 1980. Dividida em sete partes, a obra apresenta as preocupações fundamentais do intelectual britânico, sempre marcadas pelo vínculo inquebrantável entre cultura e política.
Vida e esperanças é um relato sobre a importância do reconhecimento na construção do cotidiano. Aborda a negação da fecundidade implicada na realização de esterilizações por mulheres de um bairro pobre urbano do Nordeste, compreendendo este evento como parte de uma busca ativa de reconhecimento de mulheres pobres enquanto pessoas num mundo repleto de controles, de violência, de emoções e de resistência. Acompanhando uma qualidade narrativa que desarma pela sua aparente simplicidade e evidente clareza, o leitor é transportado para a rede de amizades da autora onde convive com os tormentos da ambigüidade que não somente assolam as moradoras da periferia nas suas decisões sobre saúde reprodutiva e todo que isso representa para elas, mas também que assolam à própria pesquisadora social em busca de interpretações fidedignas ao que observara.
Esta coletânea de ensaios foi organizada em comemoração ao centenário da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, de autoria de Olympe de Gouges, de 1791.
Este documento excepcional, reproduzido aqui na íntegra, contrapõe ao universalismo abstrato da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1779, a injustiça das condições concretas da mulher no terreno da cidadania.
Especialista no estudo da história da escrita, o autor reúne cinco ensaios que mostram como o mundo digital está alterando a relação do leitor com o texto impresso. A ação da comunicação eletrônica sobre as publicações tradicionais é questionada. O próprio conceito de livro, para o pesquisador francês, está sofrendo transformações perante a revolução tecnológica propiciada pela comunicação via Internet e pela leitura cada vez mais comum de textos diretamente na tela do computador. Presente e futuro do livro e da escrita são personagens centrais destes ensaios cintilantes.