Como se o mar fosse mentira
Esta coletânea é voltada para as intrincadas relações que ligam Brasil e África. O livro divide-se em três partes. A primeira é composta por dois textos curtos: um depoimento do embaixador Alberto Costa e Silva, africanista vigoroso, que aqui nos condensa as suas impressões de uma tarde em Lagos e a vioz também autorizada de Martinho da Vila, sobre a presença africana na nossa música. A seção seguinte compõe-se dos textos de caráter ensaístico, em que estudiosos de várias áreas procuram mapear essas relações que são estruturais nas nossas formas de estar no mundo. Ao lado de textos voltados para a permanência de marcas africanas em práticas religiosas, na nossa criação musical e na nossa ordem socioeconômica-cultural, há reflexões sobre o complexo quadro das dificuldades encontradas pelos descendentes dos africanos na sociedade brasileira. A segunda parte se completa com o encantamento do universo literário. A terceira parte abraça a literatura de maneira mais direta, abrigando alguns poetas que têm nas referências africanas de sua formação um dado de relevância da poética que atualizam com sua sensibilidade e a consciência de seu verbo.
Rita Chaves (Org.) é doutora em Letras pela USP, é professora e coordenadora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na mesma universidade.
Carmen Secco (Org.) é doutora em Letras pela UFRJ e foi responsável pela implantação da disciplina de Literaturas Africanas do Departamento de Letras Clássicas na mesma universidade.
Tania Macêdo é livre-docente em Letras pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" e professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade de São Paulo, onde coordena o Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa. É colaboradora no mestrado em Letras da Universidade Agostinho Neto, de Angola, e co-organizadora de Portanto... Pepetela; Literaturas em movimento: hibridismo cultural e exercício crítico; Brasil/África: como se o mar fosse mentira; Boaventura Cardoso: a escrita do processo e Marcas da diferença: literaturas africanas de Língua Portuguesa. Publicou Angola/Brasil: estudos comparados.
O projeto neoliberal está sendo desafiado, intelectual e politicamente, de vários lados. Embora insuficiente para abalar as bases estruturais da ordem que chegou a plasmar, esse desafio pode atenuar os aspectos mais perversos das políticas que provêm dessa matriz e abrir espaço para política de natureza diversa. Este livro, que se orgina do Projeto Temático Reestruturação Econômica Mundial e Reformas Liberalizantes nos Países em Desenvolvimento (2003-2007), examina as experiências de reforma econômica nos países periféricos, em suas similitudes e diferenças, como os aspectos do processo envolvente de reestruturação da economia mundial.
A fisiocracia foi muito mais do que a primeira escola de pensamento econômico da história. O grupo formado e liderado pelo cirurgião e médico da corte de Luís XV, François Quesnay, compartilhava um sistema teórico bastante sofisticado e coeso, produto de uma visão abrangente do mundo e base de um vasto programa de reformas econômicas e políticas, a partir do qual buscou influenciar o debate e as políticas econômicas francesas da década de 1760. O legado da fisiocracia para a ciência econômica é inegavelmente grandioso, ao mesmo tempo em que é profundamente ambivalente. Por um lado, nasce ali um novo tipo de saber que não apenas tematiza a interdependência das diferentes classes e setores da economia ou o caráter circular e cíclico da produção e da circulação das riquezas, mas também traz consigo um novo modo de pensar o econômico, a modelagem – um modo tão inovador que será necessário mais de um século e meio até que ele se torne a norma entre economistas. Por outro, também nasce ali a arrogância de um especialista que se acredita em posse de um saber superior a respeito do funcionamento da sociedade e que acredita, no pior dos casos, que lhe cabe empregar todos os meios disponíveis, inclusive violentos, na tentativa de conformar o mundo a esse saber, ou, no melhor, lamenta a teimosia de todos aqueles que se recusam a ver em seus ensinamentos uma verdade absoluta.
Politicamente, este volume aspira a contribuir com a configuração de um movimento social de direitos humanos na América Latina. Esse movimento ajudará, por sua vez, a dar um novo caráter às lutas populares e favorecerá a capacidade de nossas esquerdas de assumir novas formas de sua responsabilidade política.
As culturas conflitam-se e dialogam, entrecruzam-se, não há cultura nem raça puras. A grande Ibéria está aqui na perspectiva brasileira da Nova Ibéria continental americana à Antiga Ibéria peninsular europeia, ida e volta: encontros, desencontros e reencontros também pelos oceanos das Áfricas e Ásias lusófonas e hispanófonas até a Oceania das Filipinas e Timor Leste; do passado ao presente e futuro num mundo de culturas em blocos linguísticos, fonopolítica ora liderada pelos anglófonos diante da resistência de outros povos.
Este livro apresenta 13 artigos que abordam os diferentes aspectos do cultivo do maracujá doce, a saber: aspéctos econômicos, botânicos, biologia floral e crescimento, propagação, tratos culturais, condução e poda, nutrição mineral e adubação, irrigação, pragas, doenças, nematóides, pós-colheita e usos terapêuticos. É um manual para cultivadores da fruta e estudiosos de agronomia.