Este livro reúne diversos relatos de viagem de Goethe: "Cartas da Suíça", "Excertos de um diário de viagem", "A campanha na França", "O cerco de Mainz", "De uma viagem à Suíça no ano de 1797", "Sobre arte e antiguidade nas regiões do Reno e do Meno" e "A festa de São Roque em Bingen". A reunião desses escritos de viagem, além de constituir um complemento importante de seus escritos autobiográficos, nos dá também uma ideia da grande variedade de interesses e da permanente atividade intelectual de Goethe.
Johann Wolfgang von Goethe (1749 – 1832) nasceu em Frankfurt, na Alemanha. Foi poeta, dramaturgo, romancista e ensaísta e é considerado o maior nome da literatura alemã. Escreveu as obras mundialmente consagradas como Fausto e Os sofrimentos do jovem Werther. A Editora Unesp publicou A campanha na França e outros escritos, De minha vida: Poesia e verdade e Viagem à Itália, de sua autoria, e Conversações com Goethe nos últimos anos de sua vida (1823-1832), do poeta Johann Peter Eckermann, que possibilita conhecer melhor tanto o literato quanto a sua época.
Esta coletânea reúne os mais importantes escritos políticos de Rosa Luxemburgo. O primeiro volume abarca a produção entre 1899 e 1914; o segundo vai de 1914 a 1919; e o terceiro reúne correspondências de 1893 a 1919. Este volume congrega cartas de Rosa Luxemburgo inéditas em português, traduzidas do alemão e do polonês. As correspondências selecionadas por Isabel Loureiro retratam a diversidade de gostos e talentos da revolucionária polonesa, bem como um interesse apaixonado por tudo que a cerca: política, história, literatura, música, pintura, economia política, botânica, geologia. As cartas questionam o estereótipo da militante comunista sem direito à vida privada, dedicada exclusivamente a forjar um futuro melhor para a humanidade. Essa faceta intimista permite discernir a congruência de suas ideias e de paixões que não recusam a realização individual. Tanto à Rosa dos firmes combates políticos, quanto à sensível protagonista da vida privada, cabe a frase do romancista russo Korolenko, registrada pela própria Rosa: “o homem é criado para ser feliz como o pássaro para voar”.
Nietzsche considerava este livro o melhor já escrito em alemão. Walter Benjamin, um dos maiores livros de prosa de todo o século XIX. Resultado das zelosas anotações diárias e de argutas observações de seu secretário particular Eckermann, Conversações definiu a imagem de Goethe para a posteridade. A imersão no cotidiano do grande poeta em seus últimos nove anos de vida possibilita conhecer melhor tanto o literato quanto a sua época. Entre comentários sobre assuntos variados – literatura, pintura, música, teatro, filosofia, ciências, religião, política –, surgem as frases que se tornariam referências para toda a cultura ocidental.
Johann Wolfgang von Goethe não deve sua fama como gênio universal apenas à sua obra literária. Homem de múltiplos talentos e interesses, dedicou-se também à reflexão sobre a literatura e as artes e a estudos e pesquisas no campo das ciências da natureza. Mas, se sua obra literária é bastante divulgada e conhecida, as obras não literárias, de importância fundamental para quem queira conhecer o autor e sua época mais a fundo, ainda são de conhecimento restrito aos especialistas. Neste monumental De minha vida: Poesia e verdade, o mestre alemão se debruça sobre sua própria história, desde sua infância, e sobre sua relação com os homens do seu tempo. Desfilam aos olhos do leitor suas impressões sobre política, arte, história e metafísica.
Mais conhecida e reverenciada como ícone revolucionário que por suas ideias, Rosa Luxemburgo teve seu pensamento amordaçado pela corrente hegemônica da esquerda no século XX. Debates contemporâneos retomam algumas das questões discutidas pela militante polonesa, como a obsessão pela liberdade individual e coletiva, a defesa enérgica do espaço público contra a burocracia e o controle popular. Esta coletânea reúne os mais importantes escritos políticos de Rosa Luxemburgo. O primeiro volume abarca a produção entre 1899 e 1914; o segundo vai de 1914 a 1919; e o terceiro reúne correspondências de 1893 a 1919. Este volume congrega cartas de Rosa Luxemburgo inéditas em português, traduzidas do alemão e do polonês. As correspondências selecionadas por Isabel Loureiro retratam a diversidade de gostos e talentos da revolucionária polonesa, bem como um interesse apaixonado por tudo que a cerca: política, história, literatura, música, pintura, economia política, botânica, geologia. As cartas questionam o estereótipo da militante comunista sem direito à vida privada, dedicada exclusivamente a forjar um futuro melhor para a humanidade. Essa faceta intimista permite discernir a congruência de suas ideias e de paixões que não recusam a realização individual. Tanto à Rosa dos firmes combates políticos, quanto à sensível protagonista da vida privada, cabe a frase do romancista russo Korolenko, registrada pela própria Rosa: “o homem é criado para ser feliz como o pássaro para voar”.
Goethe esteve na Itália entre setembro de 1786 e abril de 1788. A infinidade de assuntos dos quais se ocupou ao longo dessa permanência reflete os múltiplos interesses do autor, ao mesmo tempo em que confere ao texto seu caráter enciclopédico. Mas é preciso determo-nos aqui no sentido do termo “enciclopédico”. Assim como Friedrich Schlegel, cerca de dez anos mais tarde, enfatizará o caráter “universal e progressivo” da obra de arte, sua abrangência épica e sua natureza fragmentária, o Goethe “clássico” proverá o texto da temporada italiana de uma dicção variada e ao mesmo tempo autoral, inserindo ali observações que bem podem ter sido colhidas no calor da hora, ao lado de longos trechos extraídos de obras de outros viajantes que o precederam, além de reproduzir sua correspondência e alguns textos de terceiros, como o pintor Tischbein e Karl Philipp Moritz, ambos companheiros de jornada. Viagem à Itália não é apenas o relato fiel de uma experiência em um país estrangeiro, mas também um texto extremamente pessoal, que ultrapassa o registro autobiográfico. As idiossincrasias, anseios, e obsessões do homem de 37 anos emergem sob o texto, desestabilizando a dicção clássica encontrada por aqueles que desejam ver na obra o ponto de passagem, o momento em que o artista amadurece por completo para prover a Alemanha de seu Classicismo.