Neste livro, Jean-Pierre Vernant investiga como os gregos procuravam representar o divino. Centrando-se especialmente nas representações de Ártemis, da Górgona e de Dioniso, busca chaves para decifrar o enigma que parece uni-las. Pelo viés da antropologia histórica, revelam-se as dimensões religiosas, culturais, políticas e sociais que envolvem e permeiam essa simbologia, indispensáveis para compreender o papel particular que essas divindades desempenhavam na vida dos antigos gregos.
O historiador e antropólogo Jean-Pierre Vernant (1914-2007) foi um dos mais notáveis especialistas contemporâneos na temática da Grécia antiga. Foi professor do Collège de France, sendo laureado com a Medalha de Ouro CNRS de 1984. No início da década de 1970, chegou a lecionar no departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo.
O que é o mito? É história alterada? É história aumentada? Uma mitomania coletiva? Uma alegoria? O que era o mito para os gregos? […] O sentimento da verdade é muito amplo (abrange facilmente o mito), “verdade” quer dizer muitas coisas e pode até abranger a literatura de ficção.
Catulo, Propércio, Tibulo, Ovídio, goliardos da Antiguidade clássica, são recriados nestas páginas através da extraordinária visão de Paul Veyne, que estabelece o vínculo crítico em que o amor e a poesia produzem uma estilização da vida cotidiana e a revestem de brilho e intensidade.
Ler Marx discute os aspectos políticos, filosóficos e econômicos do pensamento de Karl Marx. Ao longo dessa caminhada, os autores revisitam os originais do pensador alemão e destacam a vitalidade de suas ideias neste início de século XXI.
Neste livro, Jacques Rancière propõe uma poética do saber: um estudo do conjunto dos procedimentos literários pelos quais um discurso se subtrai da literatura, dá a si mesmo um status de ciência e significa-o. A poética do saber se interessa pelas regras segundo as quais um saber se escreve e se lê como um discurso específico. Ela procurar definir o modo de verdade ao qual ele se destina.
Desde que existe, o homem prevê, afirma o historiador francês. Apesar de universal, a predição adquire diferentes formas ao longo da história da humanidade, passando por adivinhações, profecias, astrologias, utopias e futurologias. Ela não é neutra ou passiva. Corresponde a uma intenção, um desejo ou um temor. Sua importância não é a exatidão, mas seu papel de terapia social ou individual e o reflexo no presente. Nesse sentido, a revela a mentalidade e a cultura de uma sociedade. Ao fazer sua história, o autor busca contribuir para a história das civilizações, analisando seus desdobramentos na religião e na política.