Desenvolvedores, destruidores e defensores da Amazônia
A floresta amazônica cobre mais de cinco milhões de quilômetros quadrados, entre os territórios de nove nações diferentes. Representa mais da metade da floresta tropical remanescente do planeta. Está realmente em perigo? Que passos são necessários para salvá-la? Para entender o futuro da Amazônia, é preciso saber como sua história foi forjada: nas épocas das grandes populações pré-colombianas, na "corrida do ouro" de conquistadores, nos séculos de escravidão, nos esquemas dos ditadores militares do Brasil nas décadas de 1960 e 1970 e nas novas economias globalizadas, nas quais a soja e a carne bovina brasileiras agora dominam, enquanto o mercado de créditos de carbono aumenta o valor da floresta em pé. Susanna Hecht e Alexander Cockburn mostram em detalhes convincentes o panorama de destruição, analisando muitos fatos no calor da hora, e também põem em relevo o extraordinário ímpeto dos defensores daquele ecossistema, bem como o surgimento de novos mercados ambientais. Passando por fatos marcantes dessa luta pela preservação da floresta, a exemplo do assassinato de Chico Mendes, este livro contribui substancialmente para atualizar e organizar o conhecimento disponível para o grande público a respeito das reais condições atuais da floresta, da miríade de desafios restantes e dos luzes que se veem no horizonte.
Susanna B. Hecht é professora da Escola Luskin de Relações Públicas e do Instituto de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Além deste The Fate of the Forest, é autora também dos livros The Scramble for the Amazon and the “Lost Paradise” of Euclides da Cunha e The Social Lives of Forests: Past, Present, and Future of Woodland Resurgence, todos publicados pela Chicago University Press.
Alexander Cockburn (1941-2012) foi coeditor do jornal CounterPunch e colunista regular do Nation e do First Post. Ele contribuiu para vários periódicos, incluindo New York Review, London Review, Harpers e Atlantic Monthly, e foi autor de vários livros.
A importância deste estudo para os estudos sociais do direito está principalmente no fato de que, com base em um acesso sem precedentes a discussões coletivas de juízes, Latour conseguiu reconstruir em detalhes a tecelagem do raciocínio jurídico: claramente não é o fator social que explica a lei, mas são os liames legais que definem os elementos que se associam. O livro vem ocupar posição estratégica na obra de Latour, que agora pode comparar os modos pelos quais os caminhos jurídicos constroem associações com outros tipos de conexão por ele estudadas em outras áreas do conhecimento. Seu projeto de interpretação alternativa da própria noção de sociedade nunca esteve tão claro quanto neste livro, que é uma espécie de olhar laboratorial sobre a área do direito.
Embora não haja dúvida de que a religião tenha se mantido em forte destaque no curso da história, também está claro que se tornou muito difícil sintonizar seu modo altamente específico de enunciação. Todo esforço para falar disso com o tom acertado parece impreciso: reacionário, piedoso ou simplesmente vazio. Neste livro, Bruno Latour oferece uma abordagem singular sobre os conflitos intermináveis entre ciência e religião, mergulhando nos meandros do discurso religioso e esclarecendo-o de uma maneira original, em que forma e conteúdo se completam e contribuem para que o leitor se aproxime do objeto de análise.
Questões sobre o alcance da ciência são tão importantes para nós agora como eram quando A ideia de uma ciência social foi publicada pela primeira vez. Winch toma essas questões e levanta outras inteiramente novas sobre o alcance da filosofia – sobre se a investigação da vida social deve ser abordada filosoficamente. Sua monografia inaugurou debates de interesse e importância permanentes sobre o conhecimento nos estudos sociais e a natureza do fenômeno social.
Procura-se aqui responder a quatro perguntas básicas: o que é geografia? Como os geógrafos trabalham? Por que a geografia é importante? Para onde está indo a disciplina de geografia? Passando por temas como os desafios da urbanização e os problemas gerados pelo uso de combustíveis fósseis e tocando questões candentes como as complexidades relacionadas às migrações, conflitos étnicos e aquecimento global, este livro apresenta um quadro amplo do estado atual da geografia, seus temas, conceitos e métodos, o modo como se desenvolveu, seus pontos fortes e seus tópicos controversos.
Este livro marca uma etapa fundamental do projeto de Bruno Latour: fazer uma antropologia positiva das sociedades ocidentais. É composto por dois textos, que desafiam duas noções: a de “crença” e a de “crítica”. Para isso, o autor articula duas noções centrais, a de "fatiche" e a de "iconoclash". Com sua mistura característica de ousadia intelectual e bom humor, Bruno Latour fornece neste livro algumas novas ferramentas para que os ocidentais investiguem a si mesmos e renovem seu olhar sobre outras culturas.