1950-2020
Nas décadas de 1950 a 1980 o Brasil construiu um dos mais avançados e integrados parques industriais dentre os chamados países “em desenvolvimento”. De início, esse processo concentrou-se quase por completo no estado de São Paulo, mais precisamente na capital e seu entorno, a Região Metropolitana, principalmente na área conhecida como ABC paulista. O vertiginoso crescimento econômico e populacional resultante dessa expansão industrial moldou o tecido urbano. A partir dos anos 1980, o processo de descentralização das indústrias para outros estados reduziu a importância de São Paulo na produção industrial brasileira. Embora permanecesse como principal estado industrial, sua capital transformou-se em cidade com prevalência do setor de serviços, tornando-se a capital financeira do país e sede majoritária das companhias nacionais e internacionais em atividade. Seus serviços nas áreas de saúde e educação passaram a ser os mais distinguidos, refletindo-se nas altas taxas de educação no estado e no crescimento da categoria dos profissionais liberais. Em 2020, subsistem ainda graves problemas a enfrentar nas áreas de habitação, saneamento e mobilidade. Este livro é importante referência aos estudiosos de história, política e economia da América Latina.
Francisco Vidal Luna graduou-se em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (USP), onde obteve o doutorado em Economia e foi professor assistente doutor na Faculdade de Economia e Administração (FEA). Pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), tem atuado nas áreas de Economia Brasileira, História Econômica, Demografia Histórica, Finanças Públicas e Administração Financeira.
Herbert S. Klein obteve o bacharelado em 1957 e o PhD em 1963, ambos em História, pela Universidade de Chicago, na qual lecionou. É “Gouverneur Morris Professor Emeritus” na Universidade Columbia e “Research Fellow” da Universidade Stanford, onde foi professor de Hisória, diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos e pesquisador/curador da coleção América Latina na Biblioteca e Arquivos da Hoover Institution. É autor de mais de vinte livros sobre a América Latina e temas comparativos na História Social e Econômica.
Este livro apresenta uma análise do carnaval de rua e de clubes das décadas de 1920 e 1930, procurando trazer para o leitor as motivações que mobilizaram homens e mulheres em torno dos festejos e, também, prescrutar os significados por eles atribuídos às diversas brincadeiras em que estiveram envolvidos, redefinindo esses festejos, quando eles não mais correspondiam aos seus interesses.
História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais vai além do esforço de preservaçao da memória, como a maioria dos titulos escritos por praticantes ou jornalistas que acompanham determinada modalidade esportiva. Resultado do amadurecimento das investigações científicas que dedicam um olhar mais cuidadoso ao esporte, este livro organizado por Mary Del Priore acompanha os novos estudos históricos que têm como objetos de investigação as práticas corporais institucionalizadas (esportiva, ginástica, Educação Física, capoeira).
A Revolta ou Revolução de 1924 teve efeitos profundos nos acontecimentos subsequentes da turbulenta trajetória brasileira. Entretanto, foi sempre objeto de estranha desatenção e nunca fez parte do calendário de efemérides de São Paulo. Seja pela deliberada intenção de ocultar os fatos, seja pelo constrangimento que evocou entre vitoriosos e vencidos, esta foi uma "Revolução Esquecida" pela história. Os registros fotográficos dessa campanha mostram, contudo, a extensão brutal da presença, rara no Brasil, de um bombardeio maciço sobre uma paisagem urbana ainda hoje corriqueira para os paulistanos: o largo da Sé, a Mooca, o Brás, Perdizes... Recuperação da memória e retrato de uma tragédia semioculta, Bombas sobre São Paulo suscita no leitor um impacto ao mesmo tempo dramático, inesperado e elucidativo tanto sobre a cidade tanto quanto sobre o Brasil.
Este livro aborda momentos cruciais da história da capitania de São Paulo, como os períodos em que esta se chamava capitania de São Vicente e pertencia a donatários; o das Minas de Ouro, quando perdeu grande parte de seu território e passou a estar subordinada ao governo do Rio de Janeiro; e a restauração de sua autonomia até o movimento constitucionalista. O resultado não é um simples resumo da historiografia sobre São Paulo. Há dados fornecidos por obras recentes e mesmo por teses universitárias ainda não publicadas, além de intensas pesquisas realizadas em arquivos de São Paulo, Rio de Janeiro e Lisboa. Por isso, temos aqui elementos para o que se poderia considerar uma "história ainda não contada de São Paulo".
Este livro procura identificar o mais profundamente possível a documentação relativa às várias etapas do processo migratório. Tarefa quase sempre bastante difícil, uma vez que os instrumentos de pesquisa disponíveis nas diversas instituições visitadas são, via de regra, incompletos, desatualizados e imprecisos. Se alguns conjuntos documentais eram visivelmente relacionados ao tema, outros, no entanto, foram objeto de intensa consulta, com o fim de detectar seu interesse para a questão da imigração. Isso significou, portanto, que foi preciso requisitar e consultar uma enorme quantidade de caixas e volumes de documentação, que foram minuciosamente avaliados pela equipe do projeto. Apontamos para a existência de acervos que, de maneira geral, jamais se consultou de modo exaustivo, em busca do imigrante. É o caso, de todos os registros eleitorais da República Velha, através do qual se permite vislumbrar, de maneira bastante instigante, o processo de inserção social do imigrante na comunidade onde veio a residir.