O primeiro tempo do Governo Biden e as eleições de meio de mandato
Governo Biden: desafios internos e geopolíticos Se o governo Biden prometia normalizar a política interna e externa dos Estados Unidos, acabou contrastado vigorosamente pela realidade interna, de um país polarizado, e externa, de um cenário global de crescente e preocupante hostilidade entre potências. O presente volume reflete sobre todos esses temas, abordando a política doméstica, a geopolítica e a economia internacional dos Estados Unidos, e constitui potente contribuição para o debate acerca do momento atual do gigante norte-americano.
Sebastião Carlos Velasco e Cruz é professor de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade Estadual de Campinas e do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista, Universidade Estadual de Campinas e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PPGRI/ Unesp-Unicamp-PUC-SP). Coordenador Geral do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu).
Neusa Maria Pereira Bojikian é pesquisadora de pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e pesquisadora associada do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu/CNPq/ Fapesp). Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista, Universidade Estadual de Campinas e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PPGRI-Unesp/ Unicamp/PUC-SP).
Este livro aborda uma multiplicidade de aspectos dos processos políticos que tensionam nosso tempo presente. Escrutinando as mudanças pelas quais passa a ordem mundial, busca detectar suas urgências e transformações a partir da análise das razões e dos interesses dos protagonistas da “ordem” e da “desordem” na política. O autor conduz a análise das ideias de “ordem” e “desordem” até o debate atual sobre a crise de hegemonia dos Estados Unidos – principalmente a partir da chegada de Trump à presidência e de suas práticas de revisão das políticas externas –, e as relações sempre problemáticas desse país com o mundo – e, em particular, com a América Latina.
A partir do estudo do sistema internacional contemporâneo, este livro mergulha na constituição histórica e na atuação dos atores políticos brasileiros no Mercosul. Inclui ainda um capítulo sobre os grupos de interesses no contencioso Brasil-Argentina do açúcar. Este livro, de Marcelo Fernandes de Oliveira, é uma contribuição aos estudos de relações internacionais de parte de uma geração nova, que está ocupando seu espaço na vida intelectual brasileira. Essa área do conhecimento tem crescido: dos anos 90 até agora, a ampliação do número dos pesquisadores permitiu o adensamento dos estudos das correntes teóricas que se movem no mundo, viabilizando a aplicação crítica dessas ferramentas para a compreensão da política exterior do país. O tema da integração regional tem tido destaque, particularmente o Mercosul, visto ser considerado relevante para a compreensão da inserção internacional do Brasil. Este livro discute essas questões, aprofundando os temas dos mecanismos decisórios, dos atores institucionais, políticos e sociais. Há uma contribuição específica, ao dar destaque ao papel do Parlamento e dos seus limites no tocante à política exterior.
Dever e poder analisa a relação entre autonomia e dívida externa da Argentina entre 1983 e 2007. A obra explora as condições que delimitaram o poder de negociação da Argentina com credores internacionais e o impacto desses eventos sobre as relações exteriores do país, particularmente nas relações com os Estados Unidos da América, oferecendo um entendimento abrangente dos fatores que permitem o êxito ou fracasso de iniciativas autonomistas.
Este livro reúne nove ensaios sobre a economia e a política internacional durante o período que se estende da hegemonia inglesa no século XIX até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A Primeira Guerra Mundial, a emergência dos Estados Unidos como nação líder, a ressurreição e a falência do padrão-ouro, a emergência do comunismo no plano internacional, a incorporação das massas ao cenário político, os desencontros que se sucederam ao Tratado de Versailles, os percalços e as contradições que conduziram à emergência do nazismo, as contínuas mudanças de rota da França no entreguerras, o triunfal regresso e o súbito abandono da Inglaterra aos cânones da ortodoxia, a prosperidade americana dos roaring twenties, a Grande Depressão, as políticas de recuperação de Roosevelt e Hitler e os caminhos que levaram à eclosão do segundo conflito mundial, são alguns dos temas aqui tratados.
Nos setenta anos de sua existência, o sistema multilateral de comércio, criado para dinamizar a economia internacional e aplacar as rivalidades entre as nações depois da Segunda Guerra, passou por inúmeras transformações. A mais importante delas deu-se na última década do século passado e teve como expressão mais visível a criação da Organização Mundia de Comércio (OMC). Ao cabo de uma longa rodada de negociações internacionais, a abrangência do sistema multilateral de comércio foi muito ampliada e sua filosofia de base sofreu mudanças significativas. Hoje, frustradas por mais de 15 anos todas as tentativas de concluir outra rodada de negociações com vistas à geração de novas normas, esse sistema parece estar vivendo um momento crítico. Reforçam essa impressão a enorme quantidade de acordos comerciais celebrados, ou em negociação, fora da OMC, e a crítica contundente formulada contra o comportamento dessa organização pelas autoridades dos Estados Unidos. Apoiado em forte argumento teórico, nesta obra Sebastião C. Velasco e Cruz mobiliza vasta e diversificada documentação para analisar em detalhes o papel desempenhado pelos Estados Unidos em todas as etapas desse longo processo. Ganha destaque ainda neste trabalho o esforço continuado dos países em desenvolvimento – frequentemente sob a liderança do Brasil e da Índia – pela criação de condições institucionais favoráveis ao avanço de suas economias e à superação dos graves problemas que afetam suas sociedades.