A perspectiva da teoria crítica sobre as relações entre fé, saber e ideologia no seio do Estado de direito. No presente livro, Habermas investiga criticamente a oposição entre naturalismo e religião a partir de quatro eixos fundamentais: no primeiro, aborda as condições pós-metafísicas de uma razão destranscendentalizada que se orienta em sentido normativo; no segundo, reflete acerca dos limites de uma teoria normativa do Estado de direito para dar conta do pluralismo religioso e da presença cada vez mais constante da religião na esfera pública; no terceiro, trata do pensamento pós-metafísico em relação ao naturalismo e à religião, confrontando as oposições entre liberdade e determinismo, razão e natureza, fé e saber; por fim, no quarto eixo, conecta o controle estatal do pluralismo religioso e ideológico às condições ambíguas da tolerância religiosa e à constituição política de uma sociedade mundial.
Um dos mais importantes filósofos da atualidade, Jürgen Habermas, nascido na Alemanha em 1929, criou uma nova visão sobre as relações entre linguagem e sociedade. Foi professor de Filosofia da Universidade de Heidelberg e da New York School for Social Research, além de codiretor do Instituto Max Plank para a Investigação das Condições de Vida do Mundo Técnico-Científico, em Starnberg.
Rorty e Habermas estão entre os mais importantes intelectuais e filósofos e são, provavelmente, aqueles que têm maior público, dentro e fora das universidades. Entrevistas e artigos seus aparecem em jornais e revistas de grande circulação, e seus livros são traduzidos e publicados pelo mundo afora. Neste livro, Habermas e Rorty debatem e dialogam, entre si, sobre suas concepções mais gerais e, em especial, sobre filosofia, cultura, razão e política, num confronto que envolve posições de outros importantes pensadores, de ontem e de hoje, como Apel e os "pós-modernos" franceses, como Dewey e Wittgenstein, como Heidegger e Nietzsche, como Hegel e Kant. Suas concepções tratam de levar em conta os desenvolvimentos mais recentes da filosofia, em relação a temas como valores, linguagem, verdade e conhecimento.
Segundo volume da Coleção Habermas, este texto reproduz um discurso do filósofo proferido aproximadamente um mês depois do 11 de setembro de 2001. Embora circunstancial, é de grande importância no conjunto da obra do filósofo que, ao retomar o clássico tema fé e saber, adota uma nova expressão – “pós-secular” – imprimindo mudanças em sua teoria da modernidade, presente em suas obras posteriores.
As investigações reunidas neste volume, orientadas predominantemente de um ponto de vista histórico, destinam-se a desenvolver uma teoria crítica da sociedade projetada com um propósito prático e a delimitar seu status diante de teorias de outra proveniência.
Escritos entre 1930 e 1933 por Karl Popper, os ensaios que compõem esta obra, até agora inédita em português, precedem e dão origem ao clássico A lógica da pesquisa cientifica. No livro, o filósofo identifica os dois problemas fundamentais queestão igualmente na base dos problemas clássicos e modernos da teoria doconhecimento – o da “indução” e o da “demarcação” – e busca reduzi-los a um único problema. Debruçado sobre o “problema da indução”, que se refere à validade ou à justificação das proposições universais das ciências empíricas, Popper pergunta: “Enunciados factuais, que se baseiam na experiência, podem ser válidos universalmente? É possível saber mais do que se sabe?”. E, voltando-se ao “problema da demarcação”, concernente ao critério de demarcação científica, questiona: “Como se pode, em caso de dúvida, decidir se temosdiante de nós uma proposição científica ou ‘apenas’ uma afirmação metafísica?Quando uma ciência não é uma ciência?”. Essa última não é questão meramente de definição (“O que é ciência?”), mas envolve o centro do que se deve entender como o saudável método científico, aquele procedimento responsável pelo impressionante progresso da ciência empírica. Este livro representa, enfim e acima de tudo, uma nova tentativa de soluçãodessas questões cruciais e entrelaçadas da metodologia e teoria da ciência, paralelamente à eliminaçãodos pressupostos não percebidos e não examinados que levaram à aparente insolubilidade dos problemas da indução e demarcação.
Porta de entrada para o estudo da filosofia quineana, De um ponto de vista lógico reúne nove ensaios, entre os quais figura o indispensável “Dois dogmas do empirismo”, artigo que deu fama internacional a Quine e é, ainda hoje, um dos trabalhos mais discutidos na tradição da filosofia analítica.