Política, sexualidade e solidariedade
Nos ensaios que compõem este volume, James N. Green se debruça sobre seus temas de pesquisa mais caros, a saber, o movimento LGBTQIA+ e o período da ditadura militar brasileira, sem se afastar do tom pessoal e da prosa fluida que lhe são característicos. Trata-se de uma obra que já nasce como referência para todos que estudam ou têm curiosidade sobre o tema.
James Naylor Green é professor de História Moderna da América Latina e foi diretor da Iniciativa Brasil na Brown University, EUA. Especialista em estudos latino-americanos, Green é brasilianista, tendo vivido no Brasil entre 1976 e 1982, e sua trajetória esteve sempre ligada ao ativismo pelos direitos LGBTQIA+ e na defesa da democracia no Brasil. Pela Editora Unesp, publicou Além do Carnaval (2000, com 3ª edição revista e ampliada em 2022).
Importante estudo sobre as condições sociais que ocasionaram o surgimento do(a) boia-fria, no início da década de 1960, e seu desaparecimento neste fim de século, em virtude do vertiginoso processo de modernização que vem suprimindo milhares de postos de trabalho.
Recuperar a memória da cidade de São Paulo com base em seus extremos. Utilizando essa idéia, Teresinha Bernardo compôs Memória em branco e negro. O livro desenvolve uma análise comparativa entre duas experiências imigratórias totalmente distintas: os italianos e os africanos. Graças a essa correlação, a autora nos oferece um olhar amplo do mundo urbano-industrial paulistano do início do século XX.
As ideias universalistas devem recuperar seu poder mobilizador e crítico: contra a ditadura das emoções e opiniões, defenda-se a razão científica; contra o império das identidades, deve ser reconstruída uma ética da igualdade e da reciprocidade. “Esta é a ambição deste livro: devolver às ideias universalistas toda a sua potência crítica e mobilizadora. O que importa, hoje, é reapropriar-se das ideias das Luzes, fundamentar para a nossa época essas ideias depreciadas pela nossa própria época – que, no entanto, precisa mais do que nunca delas. Assentar esses conceitos desvalorizados sobre uma base sólida. O norte continua no mesmo lugar. A bússola é que falhou.”
"Livreiros do Novo Mundo: De Briançon ao Rio de Janeiro" conta a aventura de alguns comerciantes franceses dessa região que se tornaram livreiros em Portugal, no século XVIII, onde ocuparam posição de destaque no universo do livro. Dois deles continuaram a atividade no Brasil, quando o país estava entrando na modernidade, entre 1808 e 1828. Eles foram protagonistas do nascente mercado do livro e da imprensa, vetores da transmissão de conhecimentos e ideias. Ilustrada com documentos raros, que dão suporte ao texto, esta obra permite descobrir e compreender como tais homens, na condição de precursores, participaram da evolução histórica desse grande país.
Os Tuyuka fazem parte de um extenso sistema social situado no noroeste da Amazônia. Falantes de uma das línguas Tukano Orientais, convivem aí com seus parentes e aliados, com outros povos de origem Aruak e Maku e, mais recentemente, com brasileiros e colombianos – porque estão habitando nessa fronteira. Este livro trata das relações dos Tuyuka entre si e com os outros. De suas origens na Cobra Canoa, as malocas nas quais foram se transformando, seus nomes e cerimônias, os rios que percorreram e nos quais continuam navegando – essa etnografia percorreu alguns desses caminhos e seus sentidos.