Terry Eagleton apresenta neste livro um sobrevoo da história do conceito de cultura e sua evolução ao longo dos últimos séculos. Unindo o erudito e o popular e indo de Marx a Nietzsche e Freud, passando por Oscar Wilde, T. S. Eliot e Wittgenstein, o panorama traçado nos abre os olhos para as facetas muitas vezes ignoradas de uma noção que perpassa quase todos os aspectos de nossas vidas. “Se Terry Eagleton não existisse, seria necessário inventá-lo.” — Simon Critchley, autor de 'O livro dos filósofos mortos'
Terry Eagleton é um proeminente teórico e crítico literário, filósofo e intelectual público inglês. A Editora Unesp publicou alguns de seus trabalhos mais importantes: Ideologia: uma introdução (Editora Unesp/Boitempo, 1997), Marx e a liberdade (2002), A tarefa do crítico (2010), A ideia de cultura (2.ed., 2011), Doce violência: a ideia do trágico (2013), O sentido da vida: uma brevíssima introdução (2021), Sobre o mal (2022), Esperança sem otimismo (2023), Materialismo (2023), O acontecimento da literatura (2024), Revolucionários da crítica (2024) e Cultura (2025).
Este perfil biográfico e intelectual de Terry Eagleton, além de acompanhar a trajetória do mais rebelde dos críticos culturais ingleses, ilumina as transformações da teoria cultural, da história das ideias, da sociologia e da própria teoria marxista nos últimos cinquenta anos. Acompanhamos aqui a gênese da visão política deste prolífico e profundo defensor do igualitarismo e compartilhamos de seu olhar aguçado para desafiar e modificar o campo da teoria literária.
Para Marx (1818 - 1883), o ser humano é livre quando produz sem o agulhão da necessidade física. Esta é a natureza essencial de todos os indivíduos. Eagleton nos faz ver que Marx está mais preocupado com a diferença do que com a igualdade e que a liberdade, para ele, implicaria a libertação do trabalho comercial: “superabundância criativa acima do que é materialmente essencial”.
Eagleton toma como base sua insatisfação quanto ao significado antropológico amplo e com o sentido estético rígido da "cultura", e busca algo que a diferencie de outros conceitos fundamentais da Sociologia, por considerar em jogo o uso do conteúdo da alta cultura. Busca as transformações históricas pelas quais o termo passou e seus usos contemporâneos. Ao mergulhar na crise moderna da idéia de cultura, aborda os choques culturais, a dialética da natureza e da cultura, dialogando com Marx, Nietzsche e Freud, e aprofunda a visão com relação à homogeneização da cultura de massas, a função da cultura na estruturação do Estado-Nação e a construção de identidades e sistemas doutrinários.
Um dos nomes de proa da nova esquerda anglo-saxã, Eagleton apresenta uma visão panorâmica do pensamento contemporâneo para mostrar a atualidade do conceito de ideologia. Articulando filosofia, crítica literária e política, o autor desenvolve uma leitura cruzada de autores como Schopenhauer, Nietzsche, Freud e vários pós-estruturalistas. Tal estratégia visa reapresentar a noção de ideologia com base em novos moldes.
Neste Draft A do Ensaio sobre o entendimento humano, o leitor encontrará uma obra vigorosa, que prenuncia e esclarece elementos fundamentais do empirismo britânico. O texto de John Locke, especialmente quando confrontado com seu desenvolvimento posterior, expõe vivamente as nuances, tensões e reformulações que seu autor julga necessárias para dar conta do complexo universo filosófico que enfrenta. Texto crucial de um dos maiores clássicos da Filosofia Ocidental.