O enluado; O mal de terra; O noivado do sr. Hire; A família da frente
A Coleção Georges Simenon da Editora Unesp traz ao leitor brasileiro pela primeira vez a tradução integral da obra do grande autor belga, organizada em ordem cronológica. A série Romances e Outros Escritos reúne os chamados “romances duros”, nos quais Simenon exercita sem limitações e sob aclamação universal sua exploração das questões existenciais humanas. No segundo volume da série Romances e Outros Escritos, o leitor encontrará quatro narrativas sombrias de Georges Simenon, inéditas no Brasil. ENLUAMENTO Em uma opressiva colônia na África, um jovem francês é consumido pelo calor e por uma paixão doentia. Envolvido em um crime, ele mergulha em uma espiral de decadência moral que expõe a podridão ao seu redor e dentro de si mesmo. O MAL DE TERRA Jean Nalliers é epilético. Recém-casado, em lugar de conforto, encontra na fazenda que ganhou do pai apenas hostilidade, humilhação e morte. Nesta trama sufocante, Simenon mergulha nos segredos inconfessáveis de uma família infeliz. O NOIVADO DO SENHOR HIRE Um homem solitário e voyeur se torna o principal suspeito de um assassinato. Sua obsessão por uma vizinha se transforma em um amor impossível que o levará à ruína, encurralado pelo preconceito e pela crueldade da sociedade. A FAMÍLIA DA FRENTE Em uma cidade soviética, um diplomata isolado fi ca obcecado por seus misteriosos vizinhos. A vigilância constante e a paranoia o consomem, borrando a linha entre a realidade e a loucura sob um regime opressor. “Considero Simenon um grande romancista, talvez o maior e o mais genuíno romancista que tivemos na literatura francesa contemporânea.” – ANDRÉ GIDE “Eu nunca leio ficção contemporânea — com uma exceção: as obras de Simenon.” – T. S. ELIOT “Adoro ler Simenon. Ele me faz pensar em Tchekhov.” – WILLIAM FAULKNER “A arte de Simenon é de uma beleza quase insuportável.” – FRANÇOIS MAURIAC
Georges Simenon (1903-1989) é um dos autores mais respeitados do século XX, com centenas de obras publicadas e traduzidas no mundo todo. Nascido em Liège, na Bélgica, tornou-se mundialmente famoso com seu Comissário Maigret, protagonista de dezenas de romances policiais que se destacam pela profundidade psicológica, escapando dos clichês do gênero e conferindo-lhe densidade. Paralelamente, Simenon construiu uma obra ainda mais vasta com seus aclamados “romances duros”: narrativas sombrias e existenciais que exploram a solidão, o fracasso e as paixões com um realismo brutal. Sua habilidade em sondar a alma humana lhe rendeu a admiração de gigantes como André Gide e William Faulkner, consolidando-o como um mestre da literatura moderna.
O que é o mito? É história alterada? É história aumentada? Uma mitomania coletiva? Uma alegoria? O que era o mito para os gregos? […] O sentimento da verdade é muito amplo (abrange facilmente o mito), “verdade” quer dizer muitas coisas e pode até abranger a literatura de ficção.
Catulo, Propércio, Tibulo, Ovídio, goliardos da Antiguidade clássica, são recriados nestas páginas através da extraordinária visão de Paul Veyne, que estabelece o vínculo crítico em que o amor e a poesia produzem uma estilização da vida cotidiana e a revestem de brilho e intensidade.
Ler Marx discute os aspectos políticos, filosóficos e econômicos do pensamento de Karl Marx. Ao longo dessa caminhada, os autores revisitam os originais do pensador alemão e destacam a vitalidade de suas ideias neste início de século XXI.
Neste livro, Jacques Rancière propõe uma poética do saber: um estudo do conjunto dos procedimentos literários pelos quais um discurso se subtrai da literatura, dá a si mesmo um status de ciência e significa-o. A poética do saber se interessa pelas regras segundo as quais um saber se escreve e se lê como um discurso específico. Ela procurar definir o modo de verdade ao qual ele se destina.
Desde que existe, o homem prevê, afirma o historiador francês. Apesar de universal, a predição adquire diferentes formas ao longo da história da humanidade, passando por adivinhações, profecias, astrologias, utopias e futurologias. Ela não é neutra ou passiva. Corresponde a uma intenção, um desejo ou um temor. Sua importância não é a exatidão, mas seu papel de terapia social ou individual e o reflexo no presente. Nesse sentido, a revela a mentalidade e a cultura de uma sociedade. Ao fazer sua história, o autor busca contribuir para a história das civilizações, analisando seus desdobramentos na religião e na política.