Este livro apresenta introdutoriamente o pensamento do filósofo francês Henri Bergson, procurando comunicar a intuição central do pensador e expor de que modo tal intuição, ou ideia diretriz, retoma e renova os temas sobre os quais ele escolheu debruçar-se. Paulo César Rodrigues expõe com desenvoltura e clareza, meandros dessa crítica e a sua contrapartida, o esforço de diferenciação das noções de espaço e tempo, justaposição e interpenetração, quantidade e qualidade, simultaneidade e sucessão, homogêneo e heterogêneo, matéria e vida, fechamento e abertura, estabilidade e dinamismo – os célebres dualismos bergsonianos. A exposição estrutura-se, no entanto, considerando o teor teórico e metodológico das distinções, deixando a porta aberta para que não se perca o impulso originário numa unidade – o tempo, a duração, cujo sentido deve dar conta das metades separadas. Em suma, a apresentação do pensamento bergsoniano se faz aqui iluminando cuidadosamente as razões da diferenciação, de modo que elas já indicam a unidade viva que lhe dará sentido, que será o seu significado, por assim dizer, último.
Paulo César Rodrigues possui graduação em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mestrado e doutorado em Filosofia pelo Departamento de Filosofia e Metodologia das Ciências da Universidade Federal de São Carlos. (UFSCar). Atua como professor de História da Filosofia Contemporânea na Unesp, câmpus de Marília. Atua também como professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Unesp. Interessa-se pela filosofia francesa contemporânea e sua relação com a psicanálise, em particular nos seguintes autores: Bergson, Politzer, Sartre, Deleuze, Ricoeur. Atualmente lidera o Grupo de Pesquisa Pensamento Francês Contemporâneo, vinculado ao Diretório dos Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é membro da Société des Amis de Bergson.
Resultado de um conjunto de conferências ministradas por Adorno, este livro expõe seu modo de reflexão a respeito das articulações entre arte, história e sociedade. Adorno é capaz de encontrar a “sociedade inconsciente de si mesma” em fenômenos aparentemente contingentes, como a formação do público ouvinte de ópera ou o culto contemporâneo à figura do maestro. Esta obra de maturidade do pensamento adorniano surge como um verdadeiro tratado metodológico sobre os regimes de reflexão crítica a respeito da arte.
Comumente definida como “teoria do conhecimento”, epistemologia é uma disciplina tradicional dos currículos dos cursos de Filosofia. Neste livro, há uma seleção de autores e posições básicas da área. O exame da contribuição dos principais nomes da epistemologia não se dá numa linha cronológica limitadora. Ao tratar dos filósofos atuais, é mantida a perspectiva do passado que os embasa e, quando os capítulos focam célebres filósofos ou escolas, os estudos são feitos de forma atualizada.
Ao contrário do que pensam alguns, a lógica é uma ciência apaixonante e viva, fruto de rica história de evolução e transformação. Essa mesma história dinâmica é refletida por este livro, no qual se constrói uma rigorosa e abrangente introdução aos desenvolvimentos recentes e ao conteúdo clássico dessa ciência ilustre. Esta edição, revista e ampliada, traz um novo apêndice com noções de teoria do silogismo.
Ao contrário do que pensam alguns, a lógica é uma ciência apaixonante e viva, fruto de rica história de evolução e transformação. Essa mesma história dinâmica é refletida por este livro, no qual se constrói uma rigorosa e abrangente introdução aos desenvolvimentos recentes e ao conteúdo clássico dessa ciência ilustre.
O historiador Koselleck talvez seja também o mais eminente “filósofo do tempo” do final do século XX: ao historicizar o cronótopo do “tempo histórico”, permitiu-nos olhar o tempo como uma dimensão da existência humana de uma forma nova, elementar e antropológica. "Uma latente filosofia do tempo" apresenta quatro ensaios do autor, um dos mais importantes pensadores alemães da segunda metade do século XX, nos quais ele reflete sobre o papel do indivíduo, de suas experiências e da linguagem na construção da história.