Junção e tradição discursiva
O objetivo deste livro é apresentar parte dos resultados de pesquisas desenvolvidas a partir do projeto Aspectos Sintomáticos da Junção na Delimitação de Tradições Discursivas, ao qual estiveram vinculados trabalhos, em diferentes níveis, da graduação à pós-graduação, realizados na Unesp desde 2014. Todos os trabalhos cumprem o mesmo objetivo: descrever e analisar o funcionamento de mecanismos de junção, em diferentes textos, na escrita infantil, mais especificamente no período de aquisição da escrita, correspondente aos anos iniciais do ensino formal, em que os sujeitos estão envolvidos com a alfabetização propriamente dita. Com esse objetivo, buscam-se indícios das relações entre mecanismos de junção e textos.
Lúcia Regiane Lopes-Damasio fez mestrado (2008) e doutorado (2011) em Linguística na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Atua como professora assistente da Unesp, câmpus de Assis. Atua na graduação como professora de Língua Portuguesa, no Programa Nacional de Pós-Graduação em Letras da Unesp, câmpus de Araraquara e Assis, e no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da mesma instituição, câmpus de São José do Rio Preto. Desenvolve pesquisa na área de Linguística e Língua Portuguesa, com ênfase emmecanismos de junção, tradições discursivas, aquisição da escrita, heterogeneidade da escrita/linguagem e mudança linguística.
Em Escutar o invisível, Eduardo Calil procura entender o processo da produção escrita no âmbito escolar, tomando por base os estudos de critica genética e mesclando-os a conceitos da Psicanálise lacaniana e da Análise de Discurso francesa. O autor insere sua reflexão de forma crítica e interessante entre as concepções mais profícuas de língua, discurso e autoria hoje existentes. Mostra que, ao retirar esses conceitos do plano adulto e ressituá-los na infância e no manuscrito escolar, é possivel expandir a própria teorização sobre os processos de escritura.
Escrita no século XVII, A escola da infância é a obra germinal de Jan Amos Comenius, considerado o fundador da didática moderna. Nela, a criança surge não apenas como um sujeito dotado de particularidades, mas também inserido em um projeto educacional que deve respeitar seu desenvolvimento físico e mental. Comenius sinaliza neste livro sua concepção de educação como um processo universal de formação, de que a própria vida é uma escola.
Dedicada à produção ficcional relacionada ao mito e à magia, esta antologia apresenta um diversificado panorama sobre o assunto, a partir de ensaios que refletem sobre essas histórias, algumas da Antiguidade, outras, contemporâneas. Todas atualmente presentes como parte indissociável da cultura universal: o mito de Édipo, a fábula árabe, o Sebastianismo, o romance gótico, os primórdios da narrativa policial, entre outras representações.
Um dos principais nomes da literatura satírica do início do século XX, Alexandre Marcondes Machado, o Juó Bananére, não tinha, até agora, uma edição de suas Cartas d'Abax'o Pigues. Espalhadas pelas páginas d'O Pirralho, essas cartas são um material cômico em que se mesclam o valor histórico e o literário, e as principais delas estão nesta edição revisada de Benedito Antunes.
Os sistemas clássicos limitavam-se geralmente a registrar a dicotomia artificial das artes do espaço e das artes do tempo. A classificação tradicional das artes opõe as três artes plásticas (arquitetura, pintura e escultura) às três artes rítmicas (dança, música e poesia). Uma das grandes descobertas de Etienne Souriau, segundo Huisman, consistiu na crítica da oposição entre o plástico e o rítmico. Com efeito, ele mostrou como as artes plásticas comportam igualmente um tempo essencial, como as artes ditas do tempo, e que as artes rítmicas são tão espaciais como as ditas do espaço.