Vida e obra de Otto Maria Carpeaux na Áustria (1900-1938)
Resultado de mais de duas décadas de estudo e pesquisa em arquivos e bibliotecas de Viena e Munique, O Danúbio não é azul reconstitui com riqueza de detalhes e rigor analítico a até hoje desconhecida trajetória europeia de Otto Maria Carpeaux (1900-1978), um dos mais importantes críticos literários do Brasil. Dividido em cinco capítulos, o livro apresenta ao leitor a intensa e prolífica atividade deste jornalista e ensaísta que foi obrigado a deixar Viena para escapar da perseguição nazista.
Mauro Souza Ventura é doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) e livre-docente em Jornalismo pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). É professor do Departamento de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unesp. É autor de A corte e a cidade – Estudos de literatura e história cultural (São Paulo: Ítaca, 1997), De Karpfen a Carpeaux (Rio de Janeiro: Topbooks, 2002), A crítica e o campo do jornalismo (São Paulo: Editora Unesp, 2015) e Perfume numa página de Proust – Crônicas e críticas (Amazon Books, 2002).
Ao ensejo do ano da França no Brasil, este livro reúne artigos que analisam a presença de imigrantes franceses em território brasileiro. Ao trabalhar extensivamente questões relativas às modalidades de instalação, inserção profissional e social, torna-se elemento precioso e inédito no campo de pesquisa da emigração/imigração francesa no Brasil nos séculos XIX e XX.
José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão de Rio Branco, esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores entre 1902 e 1912, mantendo-se no cargo durante quatro diferentes presidências. O evangelho do Barão mostra o quanto essa figura histórica foi de extrema importância para a construção de uma identidade nacional, conquistada por meio da consolidação de uma política externa. A partir de uma cuidadosa pesquisa histórica, o autor contextualiza as ideias e as ações do Barão com o momento social e intelectual em que o país se encontrava, levando o leitor a compreender a dimensão de seu legado e o motivo pelo qual ele se tornou uma referência, tal como um evangelho.
Paul K. Feyerabend, um dos filósofos da ciência mais citados e controvertidos de nosso tempo, completou sua biografia em seu último mês de vida. Em um estilo límpido e vibrante, o autor evoca sua família, a ascensão do nazismo, a Segunda Guerra Mundial e cenas do teatro, da música lírica, dos trabalhos da filosofia da ciência, as mulheres de sua vida e suas relações com alguns dos intelectuais mais importantes deste século: Brecht, Wittgenstein e Popper.
Elaborado a partir de depoimentos do pintor naïf Waldomiro de Deus e de críticos de arte, colecionadores e familiares, este livro oferece um percurso pela sua vida e obra. Narra desde os primeiros passos do artista no sertão da Bahia até o seu sucesso internacional na Europa e em Israel. Destaca a religiosidade e a defesa dos direitos humanos como temáticas centrais dos seus quadros, dominados pelas cores vivas e as figuras mulatas com as quais ele anuncia o Terceiro Milênio.
Com prefácio de Eduardo Viveiros de Castro, Longe do Brasil traz a público entrevista em que Lévi-Strauss reflete sobre a presença brasileira em sua obra.