(1916-1944)
Este livro, de maneira inédita e extensiva, analisa a marcante carreira da Revista do Brasil, publicação de importância crucial na história da imprensa paulistana e brasileira. Na consideração das diferentes fases desse periódico ilustre, são discutidos os desafios que enfrentou e o complexo universo de ideias em que se moviam seus editores e colaboradores.
Tania Regina de Luca é graduada em História (1981), mestre em História Social (1989) e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (1996). É professora livre-docente em História do Brasil Republicano (2009) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Foi editora da Revista Brasileira de História (ANPUH, 1999-2001) e da revista História (Programas de Pós-Graduação em História da Unesp/Assis e Franca). Atua principalmente nos seguintes temas: historiografia, história social da cultura, história da imprensa, história dos intelectuais, construção dos discursos em torno da nação e do nacionalismo. Entre outras obras, publicou A Revista do Brasil – Um diagnóstico para a (N)ação (Editora Unesp, 1999) e Leituras, projetos e (re)vista(s) do Brasil (1916-1944) (Editora Unesp, 2011).
Este livro trata de uma das mais importantes publicações brasileiras do início do século, de sua origem em 1916 até o fim de sua fase principal em 1925. A autora analisa A Revista do Brasil não apenas como fato editorial, mas como veículo de divulgação das propostas da intelectualidade no período, cuja influência foi decisiva na determinação dos rumos da construção nacional.
Ao ensejo do ano da França no Brasil, este livro reúne artigos que analisam a presença de imigrantes franceses em território brasileiro. Ao trabalhar extensivamente questões relativas às modalidades de instalação, inserção profissional e social, torna-se elemento precioso e inédito no campo de pesquisa da emigração/imigração francesa no Brasil nos séculos XIX e XX.
Coletânea de ensaios que procuram abordar os múltiplos aspectos do processo de formação da identidade paulista. Dividida em duas partes, a primeira visa dar conta das representações e dos processos que produziram as bases para a consolidação de tal especificidade paulista. Já na segunda, encontramos a análise das características da vida cultural de São Paulo a partir da década de 1920: marco na redefinição da dinâmica cultural do Estado. O Teatro de Arena, o cinema da Boca do Lixo, o modernismo nas artes plásticas, a idéia de São Paulo como locomotiva do Brasil, o espírito bandeirante: esses são apenas alguns dos temas presentes na coletânea.
O livro aborda a trajetória das publicações periódicas brasileiras: o surgimento dos primeiros jornais e revistas, as transformações no processo dfe produção dos impressos e em sua estrutura interna, a distribuição e a natureza das matérias e dos recursos imagéticos disponíveis, a profissionalização e a especialização do jornalista, a segmentação dos periódicos, sua atuação política e social em momentos decisivos da história do país, os interesses de que se fez (e se faz) porta-voz, os desafios impostos pela mundialização e as novas tecnologias.
Seria possível que um leitor parisiense, lisboeta ou fluminense tivesse acesso quase simultâneo às mesmas estampas em pleno século XIX? Contrariando nossas expectativas, Tania de Luca mostra que sim: o diálogo cultural e simbólico era intenso e rápido, muito mais do que imaginaríamos, numa riqueza e diversidade impressionantes. Sua obra convida a rever velhas noções de recepção passiva e influência, bem como todas as metáforas associadas ao espelho e ao reflexo quando se pensa nas distâncias culturais entre a Europa e nosso país. Aqui, o que iremos ver são trocas nos dois sentidos, com apropriações, reapropriações e criações múltiplas, num cenário tão profícuo quanto seminal.