O mundo do trabalho em debate
O Serviço Social no Brasil começou a emergir como área de produção de conhecimento crítico sobretudo após a década de 1970. Nesta obra, o autor Ricardo Lara vai avaliar justamente a produção de conhecimento dessa área, analisando as principais teorias que começaram a surgir, influenciadas, em maior escala, por Marx e Lukács. Em um segundo instante, Ricardo Lara parte para refletir sobre as questões relativas ao “mundo do trabalho” e o papel do Serviço Social no debate da situação dos trabalhadores. O autor resgata a pesquisa deste campo de estudo para também olhar criticamente as contribuições geradas para esses profissionais, debatendo a ética no trabalho e a influência do sistema de produção capitalista. Com uma visão bastante precisa do Serviço Social, Ricardo Lara já se mostra um promissor crítico para as discussões que envolvem esse conhecimento.
Ricardo Lara é doutor em Serviço Social pela Unesp. Atualmente é professor-adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em teoria social, atuando principalmente nos temas: fundamentos do Serviço Social, trabalho e sociabilidade, pensamento social da modernidade.
A primeira edição de Conhecimento e imaginário social instigou e dividiu os estudantes de filosofia, sociologia e história da ciência quando foi publicada em 1976. A alegação radical de David Bloor era de que as ciências, mesmo as hard sciences, como a física e a matemática, são tão dependentes de fatores sociais, como convenções, interesses, tradições e prestígio, quanto o são dos fenômenos físicos observáveis ou da necessidade lógica abstrata. Nesta segunda edição, num novo e considerável posfácio, Bloor responde aos acalorados e, por vezes, vituperiosos debates ocasionados por seu livro.
Último curso ministrado por Theodor W. Adorno, estas lições de Introdução à Sociologia são o registro privilegiado da capacidade do filósofo alemão em expor, para um público amplo de iniciantes, os meandros de sua teoria crítica da sociedade. Nelas, vemos Adorno confrontar-se à tarefa da formação ao mesmo tempo que fornece as principais balizas que nortearam sua prática de sociólogo. O resultado é um documento maior da experiência intelectual adorniana em seu momento de maturidade.
Num texto fadado a abalar expectativas e preconceitos ocidentais, o autor identifica os núcleos do pensamento árabe: suas aparentes contradições e especificidades, sua concepção peculiar de razão e sua característica dimensão mística. A relevância do Islã, seja por sua contribuição histórica à cultura universal, seja pela presença marcante no cenário internacional contemporâneo, torna este livro leitura apaixonante para todos aqueles interessados na formação e constituição do mundo atual.
O tema Mediação Cultural Social é aqui tratado por autores de vários países e conjunturas. A principal característica deste livro é justamente o trânsito entre o campo da arte e o da educação. Os textos são reunidos em quatro tópicos: questões gerais em torno do conceito ou do campo da mediação; experiências de mediação em museus ou centros culturais; a mediação no âmbito da educação formal; e possibilidades de reconstrução social que a relação com o campo da arte e da cultura potencializa. As experiências relatadas com base nos contextos francês, espanhol, português e norte-americano servem de contraponto para pensar as demandas e as especificidades da realidade brasileira na área de mediação.
Resultado de um conjunto de conferências ministradas por Adorno, este livro expõe seu modo de reflexão a respeito das articulações entre arte, história e sociedade. Adorno é capaz de encontrar a “sociedade inconsciente de si mesma” em fenômenos aparentemente contingentes, como a formação do público ouvinte de ópera ou o culto contemporâneo à figura do maestro. Esta obra de maturidade do pensamento adorniano surge como um verdadeiro tratado metodológico sobre os regimes de reflexão crítica a respeito da arte.