Mente e corpo são dois elementos separados ou que atuam em harmonia? Esta questão é apenas o princípio dos temas tratados por Christopher S. Hill neste livro. Assim, para compreender as ideias exploradas pelo autor, é preciso conhecer os pensamentos fundadores da Filosofia da Mente. Esta corrente estuda os fenômenos, funções e propriedades mentais, a consciência e sua relação com o corpo físico e, em particular, com o cérebro. E o diferencial desta obra de Hill está justamente no modo como ele busca responder perguntas centrais sobre as diversas manifestações da consciência: a consciência como agente, como incentivadora de ações, em sua forma introspectiva etc. Ele desvenda em seu texto essas complexas relações, procurando entender as reações físicas, do corpo, a elementos subjetivos da consciência (dor, amor, desejo, crença). É perceptível que o terreno pisado pelo autor é fértil para muitos desdobramentos e desafiador para aqueles que se dedicam nesta empreitada. Mas é precisamente por tratar com cuidado e dedicação um tema tão repleto de possibilidades que este livro de Christopher S. Hill merece o esforço de seus leitores. Em uma época em que a neurociência aponta avanços para a compreensão do homem e do cérebro, nada mais natural do que também descobrir as conexões feitas no centro do nosso intelecto.
Christopher S. Hill é professor de Filosofia da Brown University. Entre suas publicações estão Sensations (1991) e Thought and World (2002).
No início do século XIX, consolidou-se uma nova maneira de perceber as questões estéticas em contraposição àquela que lograva mais de dois mil anos de tradição. A partir de então, e de maneira evidente na obra de muitos dos críticos literários atuais, a ênfase analítica se deslocou para a relação entre o artista e a obra. Neste livro clássico, M. H. Abrams conta como ocorreu essa transformação, analisando diversas teorias estéticas a partir de atributos absolutamente essenciais que essas concepções possuíam em comum.
As cartas que Charles Darwin escreveu imediatamente após a publicação de A origem das espécies não são tão conhecidas quanto seu diário escrito durante a viagem do Beagle ou aquelas que ele escreveu durante o longo período entre seu retorno ao lar e a publicação do livro. Entretanto, elas merecem ser conhecidas, pois esclarecem muitas questões fascinantes. Como ele reagiu à sensação causada por seu livro revolucionário? Quais eram suas posições religiosas, a respeito das quais ele evitava com todo o cuidado dar explicações em público? Essas são questões tratadas nas cartas deste volume, que compreendem os anos de 1860 e 1870, uma época em que as teorias de Darwin encontraram suporte em uma série de outras publicações significativas, como Henry Walter Bates, Thomas Henry Huxley e Charles Lyell.
Este O século das revoluções consegue penetrar alguns dos eventos mais dramáticos e empolgantes da História britânica, para explicar o que eles significaram para o povo que os viveu. Uma história revolucionária de um período revolucionário.
Segundo Mary Midgley, “O tema deste livro é a importância crucial do simbolismo em nosso pensamento e a consequente necessidade de levarmos a sério nossa vida imaginativa, mesmo quando estamos lidando com assuntos que nos parecem triviais”. Historicamente postada na linha de frente do combate à deflagração do cientificismo como via quase exclusiva de interpretação não apenas dos fenômenos biológicos, mas também políticos e sociais, Midgley reúne neste livro os pontos centrais de seu pensamento antirreducionista, estabelecendo uma radiografia de nossa sociedade em busca dos mitos que nela estão presentes.
Nessa magnífica obra, Terry Eagleton oferece um estudo abrangente da tragédia – de Ésquilo a Edward Albee –. discutindo tanto a teoria quanto a prática e transitando entre noções de tragédia e análises de obras e autores em particular. Essa surpreendente tour de force vai além do palco e reflete não apenas sobre a arte do trágico, mas também sobre tragédia na vida real. Explora a noção do trágico no romance, examinando escritores como Melville, Hawthorne, Stendhal, Tolstói, Flaubert, Dostoiévski, Kafka, Manzoni, Goethe e Mann, assim como romancistas ingleses.