Seguido de "Grupos étnicos e suas fronteiras", de Frederik Barth
Por meio da análise crítica de diversos autores, especialmente de língua inglesa, Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart mostram como a problemática sociológica da etnicidade se constitui historicamente. O trabalho de Fredrik Barth, publicado pela primeira vez em 1969, é um marco e uma referência fundamental para os estudos sobre etnicidade. Barth é responsável pelo deslocamento de uma concepção rígida do grupo étnico para uma concepção flexível e dinâmica, para a qual as divisões étnicas devem estabelecer-se e reproduzir-se de modo permanente. Assim, o texto do antropólogo é verdadeiramente inovador neste campo.
Trabalha no CNRS e no SOLIIS da Universidade de Nice, na área de sociologia da linguagem, desenvolvendo análises de situações de interação da vida cotidiana. Foi colaborador, de 1973 a 1992, do IDERIC, na área de pesquisas sociolinguísticas.
É diretora de pesquisa no CNRS, coordenou inúmeras pesquisas sobre as relações intraétnicas para o IDERIC. Atualmente é responsável pela equipe SOLIIS na Universidade de Nice.
De maneira competente e interessante, esta obra procura localizar historicamente o conceito de etnicidade. Para tanto, empreende análise de como os conceitos de raça, etnia, Estado e Estado-nação foram usados por autores do século XIX. O livro traz ainda um artigo clássico de F. Barth, referência fundamental para os estudos etnológicos.
Organizado por uma equipe do Instituto do Banco Mundial, defende a tese de que o crescimento qualitativo de um país somente é possível com investimento na educação do povo e na preservação e gestão adequada dos recursos naturais. Desse crescimento, seria possível promover a redução da pobreza e atingir uma melhor qualidade de vida compartilhada por todos. Dentro dessa premissa, são apresentados capítulos para lidar com riscos financeiros globais e com oportunidades em ambientes de mudança.
Mestre nas discussões das relações entre a moral, a ética e a política, o autor argumenta que a serenidade é uma virtude passiva, associada à não-violência, mas que não pode ser confundida com a submissão ou com a concessão. Outros temas discutidos são os elos entre as razões de Estado e democracia, além de temas fundamentais na Europa de hoje, como a tolerância, relacionada ao preconceito, ao racismo e à delicada questão da imigração que está obrigando o Velho Continente a conviver com diferentes crenças religiosas e políticas.
Arte e vida, natureza e cultura não se separam neste livro, fruto de anos de convívio de Lalada Dalglish com as mulheres ceramistas do Vale do Jequitinhonha. Em imagens e palavras, com grande sensibilidade, a autora apresenta o cotidiano e a obra dessas artesãs, que há gerações vêm transmitido às filhas e netas os segredos da cerâmica, ocupação ancestral, misteriosa e sagrada.
Neste livro, o autor transita do estudo de populações tribais e suas relações com as sociedades nacionais circundantes para o estudo de antropologias “nacionais” existentes em sociedades complexas e industrializadas. Seu principal interesse está nas interações entre essas antropologias nacionais e as antropologias “centrais” ou “metropolitanas”, nas quais as primeiras ocupam uma posição periférica. É como se passasse da etnografia de culturas tribais para a investigação das “culturas antropológicas” ou das tribos indígenas para as “tribos” de antropólogos. O resultado é um trabalho original e esclarecedor, empreendido por um dos nomes mais emblemáticos da antropologia brasileira.