A história do endividamento público brasileiro e seus efeitos sobre o crescimento econômico (1822-2004)
Na história do Estado brasileiro, o papel da dívida pública, a intensidade de seu uso e seus efeitos sobre a economia variaram muito. Em vários momentos, o endividamento público foi utilizado amplamente como forma de financiamento de projetos estatais; outras vezes, a dívida pública assumiu um caráter tão vultoso que passou a ser acusada de ser mais maléfica do que benéfica à economia; e em outros períodos, foi praticamente relegada ao esquecimento. Tentando contribuir para a compreensão desses aspectos da história das finanças públicas do país, este livro procura analisar, na história do Estado brasileiro, a hipótese de causalidade entre o endividamento público e o crescimento econômico e sintetizar a história da dívida pública no Brasil, de 1822 a 2004, com base na historiografia dominante sobre o tema e nos dados e documentos históricos mais relevantes e difundidos. Essa síntese foi feita também no sentido de dar um elemento adicional à análise sobre a relação entre dívida pública e crescimento econômico, por uma perspectiva de análise histórica, complementando a análise econométrica.
É economista, graduado pela Unicamp (1998), com especialização em Gestão e Estratégia das Empresas (Unicamp, 1999) e mestrado pela Unesp (2006). Possui treze anos de experiência profissional, atuando na área de Finanças e Estratégia na indústria e no setor financeiro, tanto no Brasil como no exterior. Realizou atividades de docência e pesquisa, com des¬taque para publicação de artigos, apresentações em congressos e obtenção, em 2007, da terceira colocação no Prêmio Brasil de Economia (Cofecon).
Werner Sombart apresenta nesta obra clássica uma análise detalhada da contribuição judaica à instauração do capitalismo. Ao examinar o deslocamento da atividade econômica dos países meridionais para os países setentrionais da Europa entre o fim do século XV e o fim do século XVII, quando o capitalismo se estabelece, percebe vínculo entre esse fenômeno e a migração dos judeus, coincidentemente do sul para o norte do continente.
Este livro reúne nove ensaios sobre a economia e a política internacional durante o período que se estende da hegemonia inglesa no século XIX até a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A Primeira Guerra Mundial, a emergência dos Estados Unidos como nação líder, a ressurreição e a falência do padrão-ouro, a emergência do comunismo no plano internacional, a incorporação das massas ao cenário político, os desencontros que se sucederam ao Tratado de Versailles, os percalços e as contradições que conduziram à emergência do nazismo, as contínuas mudanças de rota da França no entreguerras, o triunfal regresso e o súbito abandono da Inglaterra aos cânones da ortodoxia, a prosperidade americana dos roaring twenties, a Grande Depressão, as políticas de recuperação de Roosevelt e Hitler e os caminhos que levaram à eclosão do segundo conflito mundial, são alguns dos temas aqui tratados.
Inflação, desemprego, delinqüência, saúde, consumo, analfabetismo são expressos por taxas. Os governos, as instituições e as empresas se orientam por diagnósticos que são calcados sobre pesquisas de opinião. Há uma verdadeira rede, que nos envolve a todos e que se alimenta fundamentalmente das estatísticas. Este livro procura desmontar as bases desse imenso edifício, levantando a questão da objetividade e da legitimidade de inúmeras afirmações que assumem foros de verdade.
Os artigos que compõem este livro compartilham uma perspectiva comum: a de entender a trajetória histórica de qualquer economia como a síntese de aspectos estruturais, cíclicos e de política econômica. E esse ponto de vista não poderia ser esquecido e tampouco minimizado ao se examinar a experiência recente de desenvolvimento econômico do Brasil, durante os governos Lula e Dilma, com especial destaque para este último período. O seu título, Para além da política econômica, procura exatamente destacar essa abordagem, presente em todos os seus capítulos. A sua recusa a interpretações, ortodoxas ou heterodoxas, para as quais os equívocos na gestão da política econômica responderam, primordialmente, pela desaceleração e crise do experimento desenvolvimentista constitui o traço de união dos vários textos.
Em Filosofia econômica, Joan Robinson olha por trás da cortina da economia para revelar uma luta incessante entre a economia como ciência e a economia como ideologia, a qual, a seu ver, era uma parte vital da economia. No seu habitual estilo vívido e cristalino, ela critica os primeiros economistas Adam Smith e David Ricardo, assim como os neoclássicos Alfred Marshall, Stanley Jevons e Leon Walras no tocante à questão do valor. Mostra que aquilo que eles consideravam como os geradores de valor – respectivamente o tempo de trabalho, a utilidade marginal ou as preferências – nada tinha de científico, mas de “metafísico”, e que é frequente encontrarmos na ideologia, não na ciência, motivo para rejeitar as teorias econômicas. Ela também avalia as implicações da revolução keynesiana na economia, particularmente se as teorias de Keynes são aplicáveis a economias em desenvolvimento. Robinson conclui com uma lição profética que ressoa na economia turbulenta e desigual de hoje: que a tarefa do economista é combater a ideia de que os únicos valores que importam são aqueles que podem ser medidos em termos monetários.