Ensinar crianças surdas a ler é o grande desafio que este livro discute. Afinal, ao longo da história da educação especial é grande a expectativa que se estabelece no processo de alfabetização da criança surda, tanto por parte de seus familiares quanto dos profissionais que a acompanham.
Esta obra debate como o surdo, ao se constituir a partir das relações sociais e de outras manifestações de linguagens (oral, expressão corporal e facial, gestos e fragmentos de fala), consegue partilhar situações de produção da linguagem, por meio da leitura.
Ao considerar as crianças surdas como não indiferentes à criação cultural do mundo da escrita, a autora revela preocupação com sua inclusão e com o respeito a seus direitos, percebendo-as como cocriadoras da cultura. Para ela, se não há restrição ao acesso aos bens culturais, entre os quais a língua escrita, e portanto ao ato cultural de ler, pressupõe-se que a língua falada não será para o surdo uma língua estrangeira, e sim, à medida que pode ser compartilhada, também sua própria língua.
Com vasto material empírico e análise cuidadosa e focada nos aspectos da prática educativa, este livro é particularmente útil para educadores que atuam no ensino regular e são chamados a participar da educação inclusiva.
Graduada (1990) em Pedagogia pela Unesp, mestre (1998) em Educação pela Unicamp e doutora (2005) em Educação pela Unesp, onde é professora do Departamento de Educação e Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Filosofia e Ciências, câmpus de Marília, SP.
O Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores é um dos mais importantes eventos nacionais para a discussão do papel dos docentes e das possibilidades de melhoria de sua prática profissional nos diversos níveis de ensino. Ao compilar as comunicações e debates da sexta versão do evento, realizada em 2001, sob o tema "Formação de educadores: desafios e perspectivas para o século XXI", este livro confirma essa tradição. Os 31 textos aqui reunidos discutem temas de grande relevância para os educadores, como os aspectos politicos na produção do livro didático, a preparação técnica e a formação ético-política dos professores, as novas tecnologias na educação presencial e a distância, além da formação do professor de educação especial na perspectiva da inclusão e a diversidade cultural e indisciplina na educação contemporânea.
Neste mundo em acelerada mudança, os pesquisadores indagam-se constantemente sobre o que conservar, como inovar, o que criar, o que substituir. Por um lado, é evidente que as inovações tecnológicas, com as mudanças que causaram na sociedade, exigem mudança nos padrões de formação de docentes e alunos; por outro, há elementos que se mostram frutíferos nesse processo de formação.
Com a diversidade de visões esperada e desejada, salta dos textos aqui reunidos uma ideia: a de que o trabalho individual (típico do docente tradicional) não permite ao professor o feedback para a descoberta e efetivação das inovações necessárias, o que só se consegue por um trabalho em equipe, com troca de experiências e tentativa de solução de problemas em conjunto.
Este livro – entendendo a formação dos professores uma das bases para a educação como meio imprescindível para a cidadania e reunindo textos preparados por especialistas convidados do X Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores de 2009 – resulta em um conjunto necessário para repensar os impasses da prática docente, além de suscitar a reflexão sobre os desafios da educação no Brasil de hoje.
Esta obra trata da educação e, em especial, da educação corporativa e seus desdobramentos na cultura organizacional e nas próprias correntes de educação aplicadas ao meio corporativo.
Marisa Lajolo e Regina Zilberman apresentam aqui um traçado consistente do nascimento, da consolidação e das transformações das práticas de leitura da sociedade brasileira, sem ignorar o fato de que cada época, cada obra e cada autor trazem consigo características próprias. Por esse viés, acompanhamos, fascinados, o amadurecimento do leitor – o que, por consequência, também nos esclarece sobre as conexões intrínsecas entre o universo fantasioso (e fantástico) da literatura e o mundo social em que habitamos.