Este livro discute três obras cinematográficas de ficção científica – O homem bicentenário (1999), Inteligência artificial (2002) e Eu, Robô (2005) – unidas pelo discurso comum sobre a transformação técnico-científica do corpo humano. Esses filmes apresentam ao público questões bioéticas ligadas às pesquisas nas áreas de robótica, sistemas operacionais, criogenia, eugenia, bioengenharia, biotecnologia e seus usos em seres humanos. Lilian Victorino analisa de que modo esses filmes levam discursos científicos ao conhecimento popular e quais valores ou ideologias norteiam o pensamento social nas narrativas: importa entender não apenas qual história o filme conta, mas, sobretudo, como essa história é apresentada. Ver e refletir sobre essas obras são pontos de partida para recontar as histórias apresentadas; problematizar o que pode parecer natural para os espectadores é a intenção deste livro.
Lilian Victorino é bacharel e licenciada em Ciências Sociais pela Unesp com estudos sobre Sociologia e Cinema. É doutoranda em Sociologia pela USP.
Esta obra possui uma grande preocupação central: a arte como parte da educação. Mais especificamente, o livro de Carminda Mendes André quer buscar novas soluções para o ensino do teatro. Ela parte das recentes alterações na teatralidade, nas técnicas e na prática da interpretação, engendradas, principalmente, a partir das últimas décadas do século XX, para mostrar como aproveitar essas transformações de modo a criar formas contemporâneas de ensinar teatro. Portanto este título constitui uma grande reflexão sobre o tema, no qual a autora vai rever as principais metodologias de aprendizagem que são historicamente calcadas na noção de drama e teatro dramático. Deste modo ela problematiza estas questões a fim de encontrar um caminho a se seguir neste cenário educacional “pós-dramático”, fazendo deste livro um raro exemplar na pesquisa da área.
Pensar o museu como o lugar de uma ação cultural que transforme mentalidades e percepções, proporcionando oportunidades semelhantes a crianças de diferentes classes sociais. Esta é a proposta desta obra, que se apoia em uma sólica base empírica, valendo-se de anos de atividades práticas da aqutora, e em rigorosas análises conceituais de arte, ética e cidadania.
Analisando as relações entre cinema e política às vésperas da tomada de poder pelos nazistas, Ilma Esperança traz à luz um segmento do cinema alemão pouco conhecido do público brasileiro: os filmes ligados aos partidos políticos, em especial ao Partido Comunista. Dentre estes, dois são escolhidos como objeto de uma análise extensa: A viagem de Mãe Krause para a felicidade (1929), de Phil Jutzi, e Kuhle Wampe, dirigido por S. Dudow com roteiro de Bertolt Brecht.
Nesta obra, o intelectual britânico reafirma a radicalidade da sua crítica cultural – e social. Revela, ainda, uma inquietante preocupação com a relação ambivalente entre política revolucionária socialista e vanguarda artística. O teórico investiga as raízes do modernismo e o contextualiza não só nas profundas transformações sociais da época, mas também nas relações de produção das quais participavam seus artistas expoentes nos centros de dominação metropolitana.
O tema Mediação Cultural Social é aqui tratado por autores de vários países e conjunturas. A principal característica deste livro é justamente o trânsito entre o campo da arte e o da educação. Os textos são reunidos em quatro tópicos: questões gerais em torno do conceito ou do campo da mediação; experiências de mediação em museus ou centros culturais; a mediação no âmbito da educação formal; e possibilidades de reconstrução social que a relação com o campo da arte e da cultura potencializa. As experiências relatadas com base nos contextos francês, espanhol, português e norte-americano servem de contraponto para pensar as demandas e as especificidades da realidade brasileira na área de mediação.