Romances de Antônio da Fonseca Soares sobre mulheres
Conjunto de estudos produzido por pesquisadores da área de Letras, este livro trata da obra de um curioso personagem, Antônio da Fonseca Soares, autor português do século XVIII. A singularidade do poeta e orador está no fato dele ter produzido uma obra vasta, parte composta por poemas eróticos, satíricos e lírico-amorosos, assinada por Antônio da Fonseca Soares, e parte relativa a uma oratória fervorosamente religiosa, assinada por Frei Antônio das Chagas, nome sob o qual se tornou mais conhecido. O segundo personagem emerge após a conversão do poeta à vida monástica. Essa escolha motivou o poeta, que havia se exilado voluntariamente no Brasil, a escrever uma carta a Dom Francisco de Sousa pedindo para voltar a Portugal na condição de religioso, tornando-se esse documento essencial para se compreender sua conversão. Ao mesmo tempo, a própria escolha do poeta como objeto de estudo deu-se por um “acidente de percurso” durante a elaboração de um guia biográfico e bibliográfico de cerca de duas centenas e meia de autores que assinaram trabalhos nas academias brasílicas da Bahia nos anos de 1724 e 1759. Constatou-se, então, que o nome de Antônio da Fonseca Soares não constava em nenhuma daquelas associações. Mesmo assim, optou-se pela inclusão de 104 de suas produções, em mais de três centenas, que se encontram arquivadas na Biblioteca Geral de Universidade de Coimbra, em Portugal. Os estudos abordam diversas questões sobre o poeta e religioso português e seus escritos, como a relação entre suas identidades e a forma como representou a mulher em sua obra.
Carlos Eduardo Mendes de Moraes é professor assistente doutor de graduação na área de Cultura Clássica, Filologia e Literatura Latina e de pós-graduação em Pesquisas Filológicas em textos Luso-Brasileiros dos séculos XVII e XVIII na Unesp. Doutor em Letras pela USP, tem pós-doutorado pela Universidade de Coimbra, Portugal.
Este livro empreende uma análise conjugada da experiência social de Júlio Ribeiro e de seus textos no âmbito das letras paulistas, entre as décadas de 1870 e 1890, com o objetivo de ultrapassar o rótulo estigmatizante de "autor de um romance obsceno" - A Carne (1888) - elaborado por seus coetâneos e perpetuado na memória histórica.
Estudo de características da prosa de ficção dos romantismos alemão e brasileiro, considerando as peculiaridades de cada movimento e as circunstâncias histórico-literárias em que surgiram. Abrangente e documentado com seriedade, o livro trata de questões relativas ao tema, como transcendência, subjetividade etc. de modo bastante claro e preciso, sendo de leitura agradável e de fácil compreensão mesmo para um público não especializado.
Dedicada à produção ficcional relacionada ao mito e à magia, esta antologia apresenta um diversificado panorama sobre o assunto, a partir de ensaios que refletem sobre essas histórias, algumas da Antiguidade, outras, contemporâneas. Todas atualmente presentes como parte indissociável da cultura universal: o mito de Édipo, a fábula árabe, o Sebastianismo, o romance gótico, os primórdios da narrativa policial, entre outras representações.
El Cid é um dos mais importantes mitos da história da Espanha. Ao morrer, em 1099, era não só um homem de reconhecida fama, mas um guerreiro vitorioso, que inspirou um dos textos fundadores da língua espanhola, o Poema de mio Cid. Professor de História Medieval na Universidade de York, o autor contextualiza toda a saga do herói, desvendando o que há de lenda e de verdade nas numerosas histórias de um soldado sem pátria, que vendeu seu talento tanto para cristãos quanto para muçulmanos.
Este é o primeiro volume da coleção Pequenos Frascos, de obras com textos menos conhecidos (e, de certa forma, "marginais") de autores consagrados nas mais diversas áreas. Neste volume há uma compilação de escritos satíricos de Jonathan Swift, escritor irlandês do século XVII. O texto que o intitula é um pequeno grande achado: o autor apresenta uma polêmica solução para o problema das crianças famintas que perambulava pelas ruas da Irlanda na época. É um "mundo dos horrores" modo pelo qual o autor convoca a todos para a liberdade de pensar "pelo avesso", porque "o mundo está direitinho demais para estar certo".