A ameaça do fantástico reúne seis artigos nos quais o autor se concentra em questões teóricas sobre a definição do fantástico, na tentativa de conceituar e delimitar o gênero e buscando mapear historicamente seu surgimento e sua configuração.
Nasceu em Barcelona, Espanha, em 1965. Escritor e crítico literário, é professor de Teoria Literária e Literatura Comparada na Universidade Autônoma de Barcelona. Mundialmente reconhecido como especialista em literatura fantástica, escreveu livros de ficção como Celuloide sangriento (1996) e La estrategia del koala (2013). Na esfera ensaística, publicou Teorías de lo fantástico (2001), De la maravilla al horror: los orígenes de lo fantástico en la cultura española – 1750-1860 (2006), entre outros.
Iris Murdoch está entre os grandes filósofos e escritores do século XX e A soberania do Bem é sua obra filosófica mais importante e de impacto mais duradouro. Certa vez, Murdoch observou: “a Filosofia muitas vezes é uma maneira de encontrar ocasiões para dizer o óbvio”. O que era óbvio para Murdoch – e se tornou também àqueles que leem seu trabalho – é que o Bem transcende todas as coisas – até mesmo Deus. Ela argumenta que a Filosofia erroneamente tem se concentrado em cogitar sobre o que é certo fazer, em detrimento do quão bom é necessário ser. Segundo ela, essa distorção só pode ser corrigida a partir da restauração da noção de “visão” ao pensamento moral.
Este perfil biográfico e intelectual de Terry Eagleton, além de acompanhar a trajetória do mais rebelde dos críticos culturais ingleses, ilumina as transformações da teoria cultural, da história das ideias, da sociologia e da própria teoria marxista nos últimos cinquenta anos. Acompanhamos aqui a gênese da visão política deste prolífico e profundo defensor do igualitarismo e compartilhamos de seu olhar aguçado para desafiar e modificar o campo da teoria literária.
Este livro analisa a veia satírica de Olavo Bilac, "contrapondo sua biografia literária às questões destacadas pela recepção ulterior da obra, ... chamando atenção para os pontos não suficientemente investigados do acervo artístico do escritor e denunciando em que medida as lacunas se intalaram por força do preconceitos que ainda vêm cercando a compreensão da obra do poeta". Alvaro simões examina os poemas satíricos de Olavo Bilac, abordados conforme o periódico em que apareceram, sistemática que permite acompanhar o percurso histórico dessa produção ao mesmo tempo que a análise dos poemas individuais faculta o conhecimento de sua temática, estilo e gênero. Predomina a paródia, utilizada para expressar não apenas a vida política na ocasião, final do século XIX, mas também o cotidiano carioca da época. Os poemas aproximam-se ao fait-divers do jornal, coerente com o veículo que difundia os versos satíricos de Bilac, propiciando o entendimento de hábitos populares e problemas marcantes da sociedade brasileira, considerados os esforços de modernização em curso no período.
O livro A Voz e o Sentido é uma contribuição aos estudos de poesia oral com base em uma pesquisa de campo com vários narradores, realizada no pantanal sul-mato-grossense. Seu principal objetivo é ouvir os moradores ribeirinhos para compreender as maneiras de produção, manifestação, armazenamento e (re)significação do texto poético oral. A leitura dos relatos resulta numa tentativa de desatar a poesia oral dos grilhões da escrita e, para tanto, de compreendê-la em seu sentido dinâmico.
Este livro trata de uma das mais importantes publicações brasileiras do início do século, de sua origem em 1916 até o fim de sua fase principal em 1925. A autora analisa A Revista do Brasil não apenas como fato editorial, mas como veículo de divulgação das propostas da intelectualidade no período, cuja influência foi decisiva na determinação dos rumos da construção nacional.