As imigrações e seus impactos na sociedade e na economia são temas corriqueiros nos noticiários. Contudo, pouco se aprofunda no debate sobre as fronteiras e suas peculiaridades. Michel Agier propõe uma antropologia das fronteiras, que dê conta dos deslocamentos contemporâneos. Na primeira parte do livro, intitulada "o descentramentro do mundo", o foco são os fundamentos e a atualidade das fronteiras espaciais, temporais e sociais, a crise de representação em tempo da globalização, e a formação de uma condição cosmopolita banal. Na segunda, o eixo volta-se para "o sujeito descentrado", sendo investigada a transformação das culturas e das identidades nesse contexto, bem como as ferramentas intelectuais necessárias à sua apreensão.