Nesta coletânea, autores de diversas áreas buscam compreender os mecanismos que colocam em marcha no país a violência em suas variadas manifestações. Este mosaico histórico de crimes e violência presentes em nossa sociedade – praticados em diferentes tempos, de variados modos e em diversas esferas – pretende convidar o leitor à reflexão sobre as formas de infrações que fizeram e fazem parte de nosso cotidiano, na esperança de que, a partir da história e do pensamento, possamos encontrar novas formas de convivência e solidariedade.
Mary Del Priore é doutora em História pela Universidade de São Paulo e pós-doutora pela École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (1996). Atualmente é professora do Programa de Mestrado em História da Universidade Salgado de Oliveira (Universo/ Niterói) e desenvolve pesquisa intitulada “Cultura, mentalidade e vida social no Rio de Janeiro do século XIX”. Tem pesquisas na área de história colonial, história da cultura, história de gênero. É autora de mais de 25 livros de História. Recebeu vários prêmios literários, dentre eles o Jabuti, o Casa Grande & Senzala, o da APCA e o Ars Latina.
É doutora em História pela Université de Paris I – Panthéon Sorbonne e em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). É professora do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora-associada do Centre d’Histoire Sociale du XXème Siècle da Université de Paris I. Atuou como pesquisadora durante os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (2012-2014).
Em História dos jovens no Brasil os autores dirigem seu olhar para o passado para melhor compreender nosso tempo e a sociedade de que somos parte, produto e testemunho. E nosso passado é fundamental: raízes, heranças e permanência estão lá. Não se pode imaginar que escravidão, repressão, ditadura, cultura de massas não tenham nada a ver com a contemporaneidade. Pelo contrário: eles demonstram que nossa “modernidade” é habitada pela recorrência não apenas de problemas e diagnósticos, mas também de soluções que nos foram legadas. Para entender e caminhar ao lado dos jovens de hoje, História dos jovens no Brasil propõe que ouçamos os jovens do passado.
Mary del Priore abre ao leitor uma vista privilegiada dos conflitos e intrigas que antecederam a queda do Império brasileiro Entre descrições evocativas de Petrópolis, Rio de Janeiro e Paris, trechos de cartas que permitem vislumbrar a interioridade dos biografados e excertos de jornais e revistas que revelam os anseios populares e o cotidiano do século XIX, O castelo de papel é um envolvente retrato do período que antecedeu a queda do Império brasileiro – uma nação mergulhada em conflitos irreconciliáveis, tentando resistir à inexorável marcha da história.
A história dos homens no Brasil não é uma história sem tensões; é uma história composta de conflitos, dominação, subserviência e violência. E também de afetos, coragem, astúcia e negociações.
História do esporte no Brasil: do Império aos dias atuais vai além do esforço de preservaçao da memória, como a maioria dos titulos escritos por praticantes ou jornalistas que acompanham determinada modalidade esportiva. Resultado do amadurecimento das investigações científicas que dedicam um olhar mais cuidadoso ao esporte, este livro organizado por Mary Del Priore acompanha os novos estudos históricos que têm como objetos de investigação as práticas corporais institucionalizadas (esportiva, ginástica, Educação Física, capoeira).
A raiva é um capítulo fascinante na história da ciência e da medicina e é uma doença que acompanha a humanidade desde a Antiguidade. Neste livro, as autoras relatam a história da raiva no Brasil e, durante esse estudo, muitas dúvidas surgiram e as guiaram durante a pesquisa. Os indígenas brasileiros já conheciam a raiva? Como essa doença era vista e tratada nessas culturas? Qual a importância dessa infecção e como era tratada no período colonial e imperial brasileiro? Quais animais estavam envolvidos no ciclo epidemiológico? Os morcegos já eram reservatórios do vírus da raiva quando os europeus chegaram ao Brasil ou a doença foi introduzida pela colonização? Algumas respostas a essas questões foram obtidas em relatos de naturalistas durante viagens por terras brasileiras, revistas médicas, jornais, leis e outras publicações da época em que a doença ainda era chamada de hidrofobia. Nesta obra também são reproduzidas as descrições de receitas milagrosas e os procedimentos curiosos que prometiam a cura da infecção. Este livro dedica especial atenção à história dos Institutos Pasteur no Brasil, das instituições de pesquisa e executoras das medidas de controle da raiva país. Além disso, apresenta a ocorrência e a evolução do conhecimento sobre a doença no mundo e no Brasil ao longo dos séculos e descreve sua situação atual.