Mais conhecida e reverenciada como ícone revolucionário que por suas ideias, Rosa Luxemburgo teve seu pensamento amordaçado pela corrente hegemônica da esquerda no século XX. Debates contemporâneos retomam algumas das questões discutidas pela militante polonesa, como a obsessão pela liberdade individual e coletiva, a defesa enérgica do espaço público contra a burocracia e o controle popular. Esta coletânea reúne os mais importantes escritos políticos de Rosa Luxemburgo. O primeiro volume abarca a produção entre 1899 e 1914; o segundo vai de 1914 a 1919; e o terceiro reúne correspondências de 1893 a 1919. O presente volume contém a produção de Rosa a partir de 4 de agosto de 1914, quando a social-democracia alemã abandona o combate ao militarismo e a revolucionária polonesa passa a liderar, com Karl Liebknecht, um pequeno grupo de oposição à guerra. “A crise da social-democracia” retrata esse debate, enquanto “A Revolução Russa” – principal produção política de Rosa – critica e procura compreender o centralismo autoritário dos bolcheviques. O volume difunde, pela primeira vez no Brasil, artigos de Rosa Luxemburgo publicados no jornal Die Rote Fahne dias antes de seu assassinato, acusando o governo social-democrata de Ebert/ Scheidemann de sufocar o processo revolucionário na Alemanha.
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Isabel Maria Loureiro nasceu em Santiago do Cacém, Portugal. Fez o mestrado sobre a Vanguarda Socialista, jornal editado no Rio de Janeiro por Mário Pedrosa, e o doutorado sobre as ideias políticas de Rosa Luxemburg, ambos no Departamento de Filosofia da USP. Foi professora do Departamento de Filosofia da FFC da Unesp, Marília, de 1981 a 2003.
O especialista em Filosofia Antiga, Jean-François Mattéi, discute neste livro o conceito de barbárie, desde a Antigüidade Clássica até a Modernidade. Ao lançar-se sobre vários pensadores como Hannah Arendt, Theodor Adorno, Nietzsche e Dino Buzzati, o autor procura mostrar como a barbárie se manifesta no mundo contemporâneo, na decadência da educação, na ditadura da cultura de massa e na ascensão dos regimes autoritários.
Distante tanto do socialismo autoritário quanto da social-democracia, Rosa Luxemburg representa o esforço em pensar o marxismo como política da emancipação. O livro analisa detalhadamente os principais conceitos da autora, tais como a comunidade primitiva e sua perspectiva de “retorno” histórico, enfatizando, ainda, a criatividade histórica, um elemento de unificação da teoria e da prática.
Coletânea de trabalhos de especialistas brasileiros que analisam algumas das obras mais importantes de pensadores marxistas deste século: O espírito da utopia (Bloch), Teoria do agir comunicativo (Habermas), Dialética negativa (Adorno), História e consciência de classe (Lukács), Contrarrevolução e revolta (Marcuse), Eduard Fuchs, o colecionador e o historiador (Walter Benjamin), As ideias fora do lugar (Roberto Schwarz), Marx: Lógica e política (Ruy Fausto) e Trabalho e reflexão (José Arthur Giannotti).
O início do século XX presenciou vaga aparentemente incontrastável de mudanças sociais. De 1918 a 1923, na esteira dessa tendência, conflitos internos na Alemanhã recém-egressa da Primeira Guerra Mundial pareciam anunciar o advento do primeiro regime socialista entre países do Ociden te industrializado. As forças conservadoras, entretanto, saíram-se vitoriosas. Por quê?
Esta coletânea reúne os mais importantes escritos políticos de Rosa Luxemburgo. O primeiro volume abarca a produção entre 1899 e 1914; o segundo vai de 1914 a 1919; e o terceiro reúne correspondências de 1893 a 1919. O presente volume traz textos associados a duas das principais polêmicas que marcaram a trajetória de Rosa Luxemburgo: a oposição ao revisionismo social-democrata e a crítica à concepção leninista do partido de vanguarda. Ao lado das versões originais de produções clássicas, como “Reforma social ou revolução?” e “Greve de massas, partido e sindicatos”, são acrescentados textos inéditos em português, como “Paralisia e progresso no marxismo” e “Direito de voto das mulheres e luta de classes” – entre outros artigos vertidos do alemão – e “Credo” e “O que queremos” – traduzidos do polonês.