Cecília Meireles, Gabriela Mistral e Victoria Ocampo
A autora analisa a atuação de três importantes poetisas e escritoras latino-americanas - a brasileira Cecília Meireles (1901-1964), a chilena Gabriela Mistral (1889-1957) e a argentina Victoria Ocampo (1890-1979) - dentro do cenário cultural e literário do subcontinente durante as primeiras décadas do século 20, quando elas estabeleceram uma rede de contatos intelectuais e pessoais, principalmente através de cartas. De acordo com o trabalho, esta relação acabaria favorecendo uma atitude de reflexão acerca da própria condição a que elas estavam circunscritas, uma espécie de invisible college, como classificou a pesquisadora Ana Pizarro, citada pela autora. Com base neste conceito e a partir das cartas entre Gabriela Mistral e Ocampo, bem como entre Mistral e Cecília, o livro discute o diálogo estabelecido entre elas em torno especialmente da concepção de "americanidade", tendo como subsidio as suas próprias produções ensaística e literária, como também as correspondências que elas trocaram com o escritor mexicano Alfonso Reyes (1889-1959). A pesquisa também procura detectar até que ponto a postura intelectual dessas mulheres compactua com as suas respectivas atividades literárias.
Jacicarla Souza da Silva possui doutorado em Letras pela Unesp, sendo especializada em literatura latino-americana, literatura de autoria feminina, lírica e cultura hispânica.
O livro é composto de 8 capítulos que trazem uma minuciosa análise com perspectiva histórica e também fontes bibliográficas de arquivos consultados na Agência Central de Inteligência (CIA) e no Departamento de Estado. Quanto à seleção de documentação presente no livro, o autor escreve "A seleção e análise da documentação não tiveram como objetivo a descoberta de fatos que pudessem contribuir para esclarecer eventuais lacunas presentes nos estudos históricos conhecidos. A intenção foi registrar as avaliações prévias às decisões de política externa, com base em análises originalmente sigilosas, a fim de descrever objetivamente as situações a serem enfrentadas, de modo a assessorar o poder executivo para que este seja bem-sucedido nas medidas adotadas".
Em Camponeses e a arte da agricultura, Jan Douwe van der Ploeg debruça-se sobre o conceito de campesinato, discutindo experiências da agricultura camponesa em países de diversas partes do mundo. Teodor Shanin e Jan Douwe van der Ploeg têm um tema em comum, outro estudioso do campesinato: Aleksandr Vasilievich Chayanov. Para os interessados em entender a agricultura camponesa, o pensamento deste autor russo - um agrônomo social, como se definia - é um estudo seminal.
Esta coletânea de ensaios foi organizada em comemoração ao centenário da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, de autoria de Olympe de Gouges, de 1791.
Este documento excepcional, reproduzido aqui na íntegra, contrapõe ao universalismo abstrato da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 26 de agosto de 1779, a injustiça das condições concretas da mulher no terreno da cidadania.
Primeiro título da série Estudos Camponeses e Mudança Agrária, este trabalho de Henry Bernstein oferece uma visão geral do atual cenário rural no mundo. Mais do que isso, o autor promove uma profunda análise das transformações que essas regiões enfrentaram ao longo da história, por meio de uma escrita dinâmica e de fácil entendimento.
Temas como a luta contra a má alimentação, a permanência do camponês na terra, a recusa a transgênicos, a biodiversidade, a ocupação do território agrícola, a diversidade cultural, a proteção ambiental e a resistência às empresas multinacionais são debatidos neste livro por José Bové e François Dufour, também membro da Confederação Camponesa, em entrevista ao jornalista Gilles Luneau.