Diferentes paradigmas para leitura das dinâmicas territoriais do Estado de São Paulo
Esta obra reúne dezoito ensaios que compõem uma diversificada radiografia do principal parque industrial brasileiro. Os autores apresentam análises contemporâneas das características e tendências da reestruturação produtiva verificada no interior paulista neste início de século. O livro é dividido em duas partes.
A primeira enfatiza as formas, tratando de temas como as inovações tecnológicas no estado, os condomínios empresariais, os arranjos produtivos, a hierarquia urbana, entre outros. Já a segunda parte aborda os fluxos e discute questões como a rede urbana e os eixos de desenvolvimento, a dinâmica da reestruturação produtiva, a circulação e a logística.
Os textos coligidos mobilizam os conceitos da geografia econômica para delinear um panorama analítico das infraestruturas e especializações industriais do estado de São Paulo. Com dados atualizados, os ensaios aqui coligidos oferecem um retrato contemporâneo das transformações do território paulista.
Eliseu Sposito Savério é geógrafo, mestre e doutor em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, livre-docente pela Unesp, pós-doutorado pela Universidade Paris I – Sorbonne-Panthéon, orientador de mestres e doutores no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp, câmpus de Presidente Prudente. Foi editor da Revista de Geografia da Unesp, do Caderno Prudentino de Geografia e da Revista Terra Livre.
Livro que aborda, como tema central, a construção do conhecimento geográfico, centrada no método científico, e resgata a teoria do conhecimento na sua relação com a realidade objetiva. O autor explica a estruturação de três métodos: hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico-hermenêutico e encaminha a discussão de conceitos, teorias e temas geográficos. Com linguagem clara e fluidez do texto, é possível uma leitura esclarecedora das reflexões relativas ao conhecimento científico e sobre fazer ciência.
De uma perspectiva histórico-descritiva, este livro delineia um quadro amplo e generalizado sobre o conceito de rede geográfica, materializada pela rede de internet, que configura a relação entre as novas tecnologias de informação e o cotidiano de pessoas e empresas. A análise não se restringe a obras de autores consegrados da Geografia, da Economia e da Sociologia, mas incorpora teses acadêmicas, jornais de divulgação e sitios de informática, articulando os traços mais evidentes da rede urbana com as características das cidades em rede. Ao facilitar a compreensão das transformações mais recentes na sociedade, adotando diferentes discursos e um ponto de vista transdisciplinar, a obra enfatiza o papel do ser humano no entendimento da rede urbana, com base na estruturação da rede de internet, servindo como instrumento de provocação para o aprofundamento dessas temáticas.
É possível afirmar que, no mundo acadêmico brasileiro, no que concerne à área da Geografia, há uma carência de obras de referência que contenham o conhecimento geográfico de maneira resumida que sirvam de base para o apontamento de estudos mais aprofundados. Por essa razão, apresentamos este glossário que tem, como objetivo, mostrar um conjunto de palavras-chave das subáreas da Geografia Econômica e Geografia Urbana para que pesquisadores e estudantes tenham suas motivações na elaboração de questões e projetos e desvendem, com suas metodologias, temas de maneira mais verticalizada.
Importante estudo sobre as condições sociais que ocasionaram o surgimento do(a) boia-fria, no início da década de 1960, e seu desaparecimento neste fim de século, em virtude do vertiginoso processo de modernização que vem suprimindo milhares de postos de trabalho.
O urbanismo português reflete a história do urbanismo europeu e, ao mesmo tempo, afirma sua especificidade por suas características de forma e de processos que são eminentemente portugueses. Ele é o resultado de múltiplas experiências, processos de troca e influências recíprocas levados a cabo em Portugal, no Brasil, na África, no Índico e no Oriente, em que participaram populações e técnicos de várias origens. O Brasil desempenhou um papel importante na inovação de formas e de processos que deles resultaram e que vieram a fazer parte integrante de sua cultura urbana. A cidade atual tende a se descaracterizar. As relações da forma urbana com as questões defensivas, religiosas e irrelevantes, e mesmo a relação da forma urbana com as características físicas de seus locais de implantação tende a ser menosprezada. Essa falta de condicionantes ou de referências resultou na desarticulação do desenho da cidade.