São Paulo na ficção histórica de Oswald de Andrade
Onze anos depois da Semana de Arte Moderna de 22, Oswald começa a pôr em prática o projeto de uma série de romances intitulada Marco zero, no qual procuraria retratar o Brasil que estava surgindo a partir de 1930. Nem todos os volumes programados foram escritos e a crítica sempre considerou o resultado como de valor menor por seu excesso de engajamento político. Antonio Celso Ferreira procura desfazer essa interpretação pela leitura atenta de historiador sintonizado com a evolução da literatura brasileira.
Antonio Celso Ferreira é doutor em História Social pela Unesp e leciona no curso de História da Unesp, câmpus de Assis.
Responde a uma complexa indagação: o que é ser paulista? Para isso, estuda a obra dos letrados paulistas entre 1870 e 1940. Relaciona literatura e história, mostrando que os intelectuais do Estado, no período enfocado, buscaram a criação de uma identidade regional. As principais fontes consultadas foram o Almanach Literario de São Paulo e matérias contidas na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, além de romances, novelas, contos e outras narrativas. Foram analisados, entre outros autores, Júlio Ribeiro, Valdomiro Silveira, Menotti del Picchia e Guilherme de Almeida.
Coletânea de ensaios que procuram abordar os múltiplos aspectos do processo de formação da identidade paulista. Dividida em duas partes, a primeira visa dar conta das representações e dos processos que produziram as bases para a consolidação de tal especificidade paulista. Já na segunda, encontramos a análise das características da vida cultural de São Paulo a partir da década de 1920: marco na redefinição da dinâmica cultural do Estado. O Teatro de Arena, o cinema da Boca do Lixo, o modernismo nas artes plásticas, a idéia de São Paulo como locomotiva do Brasil, o espírito bandeirante: esses são apenas alguns dos temas presentes na coletânea.
Poucas são as obras dedicadas à poesia moderna que não façam referência à produção poética de Arthur Rimbaud. Em sua lírica, ocorrem simultaneamente a ruptura com certa tradição literária e a criação de uma linguagem e de uma técnica de escritura que vão repercutir profundamente na poesia posterior. O livro trata de um estudo sobre a obra As iluminações, precedido de reflexões sobre a produção literária do poeta e de caracterizações do poema em prosa.
Figura basilar para a consolidação do Brasil como Estado nacional, D. Pedro II é retratado nesta obra não apenas a partir de suas intervenções políticas e públicas, sempre cuidadosamente pensadas, mas também desde sua intimidade, seus anseios e suas frustrações. Munido de uma vasta documentação, o historiador brasilianista Roderick J. Barman nos oferece novas interpretações para a reservada personalidade do monarca.
Passadas mais de quatro décadas da publicação de "Mímesis e modernidade: formas das sombras", hoje um clássico dos estudos literários brasileiros, Luiz Costa Lima nunca deixou de lado a temática sobre a qual ali já se debruçava com autoridade: a conceituação filológica da mímesis. O presente livro articula como estudos de caso obras de Virginia Woolf, Freud, Nietzsche, Georg Simmel, Schlegel e Hegel, entre outros, para empreender um mergulho ao âmago dos temas mais caros a seu autor.