Nascido em Berlim em 1915 e vivendo nos Estados Unidos desde 1940, Albert O. Hirschman é um dos maiores economistas da atualidade. Neste livro, publicado originalmente na Itália, ele narra sua riquíssima biografia e faz um apanhado de suas idéias a partir das perguntas formuladas por três entrevistadores. Tendo deixado a Alemanha aos dezoito anos, fez seus estudos universitários na França e, em seguida, na Inglaterra e na Itália. Militante antifascista, esteve no front durante a Guerra Civil Espanhola e, mais tarde, alistou-se no exército francês, ajudando a expatriar os perseguidos políticos da França ocupada pelos alemães. Obrigado a partir para os Estados Unidos, tornou-se voluntário de guerra americano, primeiro na África e depois na Itália. Finda a guerra, lecionou em algumas das maiores instituições universitárias americanas, de Yale à Columbia University, de Harvard ao Institute for Advanced Studies de Princeton.
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Losurdo sugere uma leitura revolucionária de tópicos da filosofia política e da história da filosofia política. Para ele, o pensamento político de Hegel e, em particular, sua filosofia do direito preconizam e se entrelaçam com a filosofia marxista de maneira geralmente descurada pelos comentadores. Esta perspectiva de análise lança novas luzes para a intelecção dos ideários marxista e hegeliano.
Um dos maiores best-sellers recentes da França, O horror econômico faz o balanço da atual crise global do trabalho. Para Forrester, o quadro de crise demonstra uma das verdades maiores do capitalismo pós-industrial: a nova estrutura de produção, presente tanto nos países centrais quanto nos periféricos, não proverá emprego para a população ativa. Isso nos coloca diante de um impasse. Os problemas implicados por essa realidade econômica aparecem como um drama moral que questiona o próprio projeto civilizatório da modernidade.
Obra clássica que apresenta uma seleção de artigos e trabalhos avulsos, de alta qualidade, da professora Alice Canabrava, uma das fundadoras da moderna Historiografia Econômica no Brasil. Relata a História Econômica do Brasil, referindo-se à grande propriedade rural, à influência do Brasil na técnica do fabrico de açúcar nas Antilhas no meado do Século XVII, às manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil e à grande lavoura. Aborda um esboço da História Econômica de São Paulo, considerando os níveis de riqueza na capitania de São Paulo (1765-1767), a repartição da terra na capitania (1818), as terras e escravos, as máquinas agrícolas e as chácaras paulistanas. Apresenta, também, Historiografia e Fontes importantes, como Varnhagen, Martius e Capistrano de Abreu, relacionando história e economia, fontes primárias para o estudo da moeda e do crédito em São Paulo, no século XVI, bem como fontes primárias sobre o escravismo.
Werner Sombart apresenta nesta obra clássica uma análise detalhada da contribuição judaica à instauração do capitalismo. Ao examinar o deslocamento da atividade econômica dos países meridionais para os países setentrionais da Europa entre o fim do século XV e o fim do século XVII, quando o capitalismo se estabelece, percebe vínculo entre esse fenômeno e a migração dos judeus, coincidentemente do sul para o norte do continente.
Em Filosofia econômica, Joan Robinson olha por trás da cortina da economia para revelar uma luta incessante entre a economia como ciência e a economia como ideologia, a qual, a seu ver, era uma parte vital da economia. No seu habitual estilo vívido e cristalino, ela critica os primeiros economistas Adam Smith e David Ricardo, assim como os neoclássicos Alfred Marshall, Stanley Jevons e Leon Walras no tocante à questão do valor. Mostra que aquilo que eles consideravam como os geradores de valor – respectivamente o tempo de trabalho, a utilidade marginal ou as preferências – nada tinha de científico, mas de “metafísico”, e que é frequente encontrarmos na ideologia, não na ciência, motivo para rejeitar as teorias econômicas. Ela também avalia as implicações da revolução keynesiana na economia, particularmente se as teorias de Keynes são aplicáveis a economias em desenvolvimento. Robinson conclui com uma lição profética que ressoa na economia turbulenta e desigual de hoje: que a tarefa do economista é combater a ideia de que os únicos valores que importam são aqueles que podem ser medidos em termos monetários.