Para mostrar a amplitude dos estudos do psiquiatra e psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981), o livro reúne artigos de alguns dos principais nomes da filosofia e da psicanálise brasileira e internacional. Formado por 12 artigos de alguns dos principais nomes da filosofia nacional e internacional, este livro traça uma cartografia diversificada que visa mostrar a riqueza das questões e promessas postas pela experiência intelectual de Jacques Lacan. Vinte anos depois de sua morte, pensar a partir e através de Lacan ainda é um desafio que alguns aceitam de bom grado.
Vladimir Pinheiro Safatle é professor do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo. Doutor em Filosofia pela Universidade de Paris VIII, ele é organizador de Um limite tenso: Lacan entre a Filosofia e a Psicanálise (Editora Unesp, 2003) e co-organizador de O tempo, o objeto e o avesso: ensaios de Filosofia e Psicanálise (Autêntica, 2004).
Construindo o espaço conceitual comum a dois pensamentos que se ignoraram durante meio século, o de Lacan e o de Adorno, Vladimir Safatle faz muito mais que uma aproximação interessante. Ele confronta duas filosofias apoiadas, cada uma, em uma prática: a cura psicanalítica para um, a criação artística para outro; assim como obriga o pensamento a se interrogar sobre o que um sistema, que tem sua densidade própria de teoria, deve à prática ou à experiência que ele privilegia.
Esta obra de matemática, a primeira da área que nos chegou na sua inteireza da antiguidade clássica, é composta por 13 livros em que, além de definições, postulados e noções comuns/axiomas, demonstram-se 465 proposições, em forte sequência lógica, referentes à geometria euclidiana, a da régua e compasso, e à aritmética, isto é, à teoria dos números. Esta é a primeira tradução completa para o português feita a partir do texto grego.
Este livro traz um potente curso de Henri Bergson proferido no Collège de France durante o ano universitário de 1901-1902. Inédito no Brasil, o texto traz um mergulho do autor nos temas do tempo e do conceito, a natureza da "duração" e a do conhecimento conceitual, bem como em suas mútuas imbricações.
Mark Hollis, então senior professor da University of East Anglia, assim se referiu a John Elster: "Sua capacidade de simplificar as tecnicalidades, de identificar aplicações originais e de vislumbrar as conexões teóricas tem ajudado à difusão de ideias por várias disciplinas". Este comentário, publicado no início da década de 1990, é hoje partilhado por estudiosos de diversas áreas, da ética à filosofia política, da epistemologia à economia: nomes como Alan Ryan, Anthony Giddens, David Miller e Stephen Lukes discutiram seus ensaios e reconheceram a relevância de suas ideias. Em Ulisses liberto, com a mesma clareza, originalidade e caráter polêmico de sempre, volta a um de seus temas recorrentes: os limites da racionalidade de nossas ações.
Paul K. Feyerabend, um dos filósofos da ciência mais citados e controvertidos de nosso tempo, completou sua biografia em seu último mês de vida. Em um estilo límpido e vibrante, o autor evoca sua família, a ascensão do nazismo, a Segunda Guerra Mundial e cenas do teatro, da música lírica, dos trabalhos da filosofia da ciência, as mulheres de sua vida e suas relações com alguns dos intelectuais mais importantes deste século: Brecht, Wittgenstein e Popper.