4As duas Investigações de Hume (sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral) são agora reunidas, nesta tradução brasileira, num único volume. Com este formato, pretende-se preservar o vínculo original entre os dois textos e facilitar a leitura deste legado maiúsculo do empirismo britânico ao cenário filosófico ocidental. Os dois textos apresentados têm uma origem comum, sendo ambos condensações e reelaborações de partes de uma obra mais vasta, o Tratado da natureza humana (concebida em três partes, ou "livros" - "Do Entendimento", "Das Paixões" e "Da Moral" e, posteriormente, revisada pelo autor, devido ao estilo de sua exposição, com cuidados na condução do argumento central e com o máximo da clareza da expressão). São essas duas Investigações reunidas neste volume, que foram extraídas do primeiro e do terceiro "livros" do Tratado e publicadas em 1748 e 1751.
David Hume (1711-1776) é comumente considerado o maior dos filósofos britânicos. A pujança de sua obra manifesta-se não apenas na originalidade e acuidade de suas teses, mas na influência que sempre exerceu: de Kant a Bentham, de Adam Smith a Darwin, filósofos e cientistas reconheceram a presença do pensador escocês. Do autor, a editora Unesp publicou também História natural da religião, Investigações sobre o entendimento humano e Tratado da natureza humana.
Teólogo e cientista, Berkeley (1685 - 1753) foi também mestre da prosa inglesa. Suspeitava da linguagem e recorreu à experiência imediata para fundar seu pensamento. David Berman acompanha os passos do experimentalismo de Berkeley – da visão e do tato à experiência da proximidade da morte –, que resultou em instigante mistura de filosofia e psicologia.
Fundamental para o entendimento do pensamento do filósofo e historiador escocês, esta é a segunda edição em português de um dos maiores clássicos da filosofia. Ajuda a compreender como Hume – partindo da filosofia de Francis Bacon e do empirismo de John Locke – concluiu pelo ceticismo, fazendo a crítica da filosofia tradicional e estabelecendo idéias importantes para a formulação da filosofia de Kant.
História natural da religião é uma profunda reflexão sobre os princípios que dão origem à crença original e como o contexto histórico, cultural e social influencia e é influenciado pelas disposições morais e filosóficas do ser humano. O percurso de Hume leva ao entendimento de que "o bem e o mal se misturam e se confundem universalmente, assim como a felicidade e a miséria, a sabedoria e a loucura, a virtude e o vício". Por esse ângulo, a religião estaria associada a princípios sublimes, ao mesmo tempo que dá ensejo a práticas as mais vis. Uma conclusão audaz para a sua época e dramaticamente corroborada pelo cenário contemporâneo.
Locke (1632 - 1704) fez pela filosofia o que Newton fez pela física no século XVII. Ambos, porém, são subestimados em nossa época. Locke pela retórica prolixa, Newton pelo mecanicismo. Nesta habilidosa releitura, Ayers restitui a Locke seu lugar no centro da moderna investigação filosófica e explica a importância histórica do projeto filosófico empreendimento pelo pensador.
Muitos filósofos se interessavam por estética, mas Collingwood (1889 - 1943) foi um apaixonado pela arte: da pedra esculpida à poesia e a música. Ridley propicia o acesso a este instigante pensador da estética. O homem que via a arte como “o remédio da comunidade para a pior doença do espírito” era consciente de sua urgente importância – hoje amplamente ignorada.