Após se destacarr com trabalhos em química, física, matemática e astronomia, Charles Sanders Peirce voltou-se para o estudo da filosofia e da lógica. Fundador do pragmatismo, é o introdutor das pesquisas em semiótica e construiu a primeira lógica de relações, desenvolvendo conceitos e ideias que permanecem atuais e basilares. O grande ensinamento deste livro, que relaciona o pensamento de Peirce ao de Descartes, é a demonstração, pelo primeiro, de que a investigação científica é sempre gratificante, pois é a maneira que o intelectual tem de conversar com a natureza em suas diversas escalas, a microscópica, a inorgânica, a biológica, a humana e a macroscópica.
Lucia Santaella é doutora em Teoria Literária pela PUC-SP, onde é professora titular no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica, e livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. É presidente honorária da Federação Latino-Americana de Semiótica e Diretora do Centro de Investigação em Mídias Digitais (Cimid) da PUC-SP. Dirige o lado brasileiro do Projeto de Persquisa Brasil-Alemanha sobre "Palavra e Imagem nas Mídias".
As questões estudadas neste livro – O universo é regido por leis deterministas? Qual é o papel do nosso tempo? – foram formuladas pelos pré-socráticos na aurora do pensamento ocidental. Elas nos acompanham já há 2 mil anos. Hoje, os desenvolvimentos da Física e das matemáticas do caos e da instabilidade abrem um novo capítulo nessa longa história. Atualmente percebemos esses problemas sob um novo ângulo. Podemos, a partir de agora, evitar as contradições do passado.
O mundo de Parmênides é uma exploração brilhante da complexidade do pensamento grego antigo por um dos principais filósofos do século XX. Evidenciam-se aí a grandeza da filosofia pré-socrática e a substantiva dívida de Popper para com a leitura de Parmênides, Xenófanes e Heráclito.
Michael Otte é professor e diretor do Institut der Didaktik da Universidade de Bielefeld, da Alemanha, e tem colaborado no Programa de Educação Matemática da UNESP de Rio Claro. Trabalhando com as categorias de formal, social e subjetivo, constrói uma teoria inovadora da educação matemática que se traduz praticamente em uma didática dessa disciplina, que, por sua vez, não pode ser separada da crítica da ciência.
Para o filósofo Jean-Paul Sartre, a literatura redescobre a sua função na sociedade quando a sua percepção da realidade passa a ser constituída pela consciência da historicidade. Isso significa um mergulho brutal na atualidade de cada um. A prática literária é então entendida como uma "ação na história", ou seja, uma síntese entre o irredutível e o relativo; e entre "o absoluto moral e metafísico" e a contingência histórica. Neste livro, o filósofo Franklin Leopoldo e Silva mostra por que, para o pensador francês, a tarefa ética da literatura é construir a mediação necessária para que o homem tome consciência de sua alienação. Portanto, escrever é agir, pois significa comprometer-ser com uma ação social conreta e prática, não se limitando apenas a uma atitude de contemplação do mundo.
Estas são conferências ensejadas pela comemoração dos cinqüenta anos da publicação do livro de Schrödinger O que é Vida? Os autores expõem os conceitos emitidos por Schrödinger e discutem os avanços que foram feitos desde seu enunciado original. As últimas descobertas da biologia do desenvolvimento, a aplicação do conhecimento biológico na cura de doenças e as questões relacionadas à origem e definição da vida são alguns dos temas candentes tratados ao longo deste texto.