Neste livro, Vera Teixeira de Aguiar discorre sobre o fenômeno geral da comunicação, abordando questões centrais para a compreensão da natureza e da função, não apenas da linguagem verbal, mas de muitas outras linguagens, tais como a das imagens, da moda ou da propaganda, e das complexas relações que mantêm com a linguagem verbal, nas suas mais diferentes manifestações.
Vera Teixeira de Aguiar é professora da PUC-RS. Mestre e doutora em linguística e letras pela mesma Universidade, é autora de diversas obras, tendo recebido o prêmio Melhor livro de poesia (organizadora), concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), e o Livro altamente recomendável (teórico), concedido pela Fundação Nacional do Livro Intantil e Juvenil (FNLIJ).
A obra apresenta artigos científicos correspondentes a algumas das comunicações de resultados de pesquisa apresentadas no Simpósio "Travessias: o leitor, a leitura e a literatura", realizado durante o IX Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada-ABRALIC, em Porto Alegre, no ano de 2004. Os textos sublinham a importância da discussão e da reflexão sobre os caminhos percorridos pela criação literária, considerando aspectos tanto de sua produção como de sua circulação e recepção.
O grande desafio deste livro está na habilidade de realizar análises críticas de três dos principais escritores em língua portuguesa de todos os tempos: Guimarães Rosa, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade. Os elementos comuns estudados incluem a crítica à sociedade patriarcal nacional e, acima de tudo, uma ponte constante, com idas e voltas, entre a história e a literatura. Roncari consegue desvendar caminhos interpretativos com base na leitura atenta de descrições de cenas e paisagens, além de verificar como a escrita se comunica com o poder econômico e social. Texto e contexto são assim relacionados com extrema competência, mostrando como instabilidades de ordem social presentes no sistema capitalista encontram reflexo na literatura e vice-versa.
Este volume pioneiro reúne uma equipe internacional de historiadores para apresentar a prática da tradução como uma parte da história cultural. Embora a tradução seja essencial para a transmissão de ideias, sua história tem sido geralmente negligenciada pelos historiadores, que a relegaram a especialistas em literatura e línguas. O livro procura compreender as contribuições da tradução para a difusão de informações na Europa Moderna, concentrando-se na não-ficção: a tradução de livros sobre a Religião, História, Política e especialmente Ciência, ou "Filosofia Natural", como era geralmente conhecida nessa época. Os capítulos tratam de diversas línguas, incluindo latim, grego, russo, turco e chinês. A obra atrairá especialistas e estudantes dos períodos Moderno e posteriores, e historiadores da Ciência e da Religião, bem como qualquer pessoa interessada nos estudos da tradução.
Ao traçar um esboço histórico da genealogia da fala pública desde a Antiguidade à Idade Moderna na cultura ocidental e no Brasil nos séculos XVI, XIX e XX, o autor aborda o discurso político brasileiro contemporâneo produzido em contexto eleitoral e transmitido pela TV, mostrando as transformações por que passa o discurso político com o surgimento das novas tecnologias e o descompasso dos trabalhos analíticos que têm se debruçado sobre esse discurso ao não levarem em conta as novas relações entre práticas, representações e instrumentos técnicos. A obra propõe que o discurso político contemporâneo incorpore aos pressupostos teóricos da Análise do Discurso a Semiologia histórica de acordo com Courtine.
Tomando como ponto de partida o Memorial do convento, de José Saramago, o esquema interpretativo de Odil, fundamentado em Bakhtin, Benjamin, Barthes e Antonio Candido, permite que se desvendem as principais tensões sobre as quais este romance se estrutura: o discurso narrativo dos períodos de formação da literatura portuguesa versus os modos e as formas do romance da modernidade.