Esta obra demonstra como a escravidão determinou o desprezo pelos "ofícios mecânicos" no Brasil na época do Brasil Colônia e Império, quando, após a abolição da escravatura, ninguém queria exercer atividades consideradas "coisas de escravos". Assim, a aprendizagem de ofícios acabou sendo imposta a quem não tinha meios de resistir, reforçando esse desvalor. Apresenta uma análise das instituições dedicadas ao ensino de ofícios: liceus de artes e ofícios, arsenais militares, asilos, propiciando ao leitor conhecer as propostas dos intelectuais do Império a respeito da aprendizagem profissional e seus esperados efeitos moralizantes.
Luiz Antônio Cunha é mineiro de nascimento, paulista de criação e carioca por adoção. Sua vida profissional tem sido feita em instituições de ensino e pesquisa, como a PUC-RJ, a FGV, a Unicamp, a UFF e a UFRJ, da qual é, atualmente, professor titular de Educação Brasileira. É autor de O ensino de ofícios artesanais e manifatureiros no Brasil escravocrata; O ensino de oficios nos primórdios da industrialização; O ensino profissional na irradiação do industrialismo (Editora Unesp, 2.ed., 2005).
O ensino de ofícios industriais e manufatureiros passou a ser defendido como um dos meios de integração do proletariado na sociedade moderna, durante as primeiras décadas do Brasil republicano. As escolas profissionais buscaram os jovens que tivessem vocação e aptidão para os ofícios manuais. Passou-se à aprendizagem sistemática (ao taylorismo), em substituição à aprendizagem espontânea (como o artesanato). O autor analisa as iniciativas públicas e privadas, confessionais e laicas de criação de instituições de ensino de ofícios, incluindo as que prepararam o caminho para as atuais. Entre elas, as escolas ferroviárias paulistas, nas quais se encontram os antecedentes do Senai; e as escolas federais de aprendizes artífices, matrizes dos atuais Cefets.
A universidade temporã apresenta uma revisão da história do ensino superior no Brasil, em sua origem e seu desenvolvimento, dos "cursos de artes" do século XVI à institucionalização do regime universitário na Era Vargas. Com outros dois volumes – A universidade critica e A universidade reformanda – A universidade temporã integra uma trilogia que dá conta da história da universidade brasileira dos primórdios ao período da ditadura militar.
A universidade reformanda apresenta uma análise histórico-sociológica do ensino superior dos primeiros anos da ditadura militar, revelando aspectos inéditos das mudanças efetuadas na época. Com outros dois volumes – A universidade temporã e A universidade crítica – a Universidade reformanda integra uma trilogia que dá conta da história da universidade brasileira dos primórdios ao período da ditadura militar.
Esta obra aborda a origem e o desenvolvimento até a atualidade dos segmentos da educação brasileira com relação ao "Sistema S" (Senai, Senac, SESI e SESC) e à rede federal de escolas técnicas industriais. Apresenta os conflitos que existiram quanto aos defensores dos modos distintos de funcionamento e organização da qualificação profissional, e as (des)articulações entre os cursos de aprendizagem do SENAI, os cursos técnicos na rede federal, o ensino médio e o ensino superior.
A universidade crítica reconstroi o processo de transformação do ensino superior no Brasil entre 1945 e 1964, em suas determinações sociais e econômicas. Ao lado dos aspectos morfológicos do ensino superior no período, a obra explicita a consciência dos agentes envolvidos nesse processo, em especial o Estado, os professores e os estudantes. Com outros dois volumes – A universidade temporã e A universidade reformanda – A universidade crítica integra uma trilogia que dá conta da história da universidade brasileira dos primórdios ao período da ditadura militar.