Os prelúdios e sinfonias das óperas de Carlos Gomes
Os prelúdios e sinfonias de Carlos Gomes contrastam com os rótulos associados a ele ao longo do tempo: ora um compositor romântico e um melodista "inspirado", ora um compositor conservador e datado que realizou "transplantações para o nosso mundo dinâmico de melodias mofinas e lânguidas, marcadas pelo metro de outras gentes", como o definiu, numa velada referência, o modernista Graça Aranha durante a conferência inaugural da Semana de 22. Essas críticas realizadas pelos modernistas desencorajam durante muito tempo uma avaliação mais profundo da obra de Gomes. Neste livro, Marcos Pupo Nogueira analisa a extensão e a diversidade dos diálogos do compositor paulista com as estéticas musicais dos anos 1970, 1980 e início dos 1990 do século XIX e demonstra como as ideias de Gomes para o gênero orquestral contribuíram para o processo de transformações pelas quais têm passado essas formas sinfônicas desde se surgimento no século XVII.
Marcos Pupo Nogueira é regente de orquestra, professor e pesquisador. Desde 2004 é docente do Departamento de Música do Instituto de Artes da Unesp, na área de Teoria da Música. É mestre em música pelo Instituto de Artes da Unesp, doutor em História Social pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Musicologia. Também colabora em periódicos nacionais com artigos sobre música sinfônica, tema central de suas pesquisas.
Publicado anonimamente em Veneza em 1720, Il Teatro alla Moda teve um sucesso editorial extraordinário: nunca esteve fora de impressão e recebeu várias edições em diversas línguas, entre as quais alemão e francês. Impresso como um panfleto de 64 páginas, sem nenhum luxo de editoração, era provavelmente vendido nas ruas de Veneza por alguns trocados. A primeira atribuição a Benedetto Marcello se dá em uma carta do libretista Apostolo Zeno.
Nesta obra, o intelectual britânico reafirma a radicalidade da sua crítica cultural – e social. Revela, ainda, uma inquietante preocupação com a relação ambivalente entre política revolucionária socialista e vanguarda artística. O teórico investiga as raízes do modernismo e o contextualiza não só nas profundas transformações sociais da época, mas também nas relações de produção das quais participavam seus artistas expoentes nos centros de dominação metropolitana.
Esta obra, disponível para download gratuito no site da Editora Unesp, inclui 164 retratos de 169 de artistas e profissionais que atuam hoje nos palcos de São Paulo. Resultado de uma pesquisa de quatro anos que teve como objeto mais de 300 espetáculos, o livro, do fotógrafo Bob Sousa, tem 240 páginas nas quais se alternam retratos de atores, diretores, produtores, curadores, cenógrafos, fotógrafos, iluminadores.
Vivemos imersos em um mundo de sons embora não tenhamos consciência disso durante a maior parte do tempo. O grande marco da transformação das cidades em um universo de sons desagradáveis é a Revolução Industrial, com a chegada das máquinas e o desenvolvimento da indústria automobilística. Compositor e estudioso de teorias sobre o som, o canadense, R.Murray Schafer propõe um sistema de estudo dos sons, apresenta um glossário de termos relativos à paisagem sonora e inclui uma pesquisa internacional de preferências sonoras.
Este livro fundamenta-se no estudo da cerâmica popular do Vale do Jequitinhonha-MG, considerando-se fatores estéticos e socioculturais relacionados à produção, à distribuição e ao consumo das obras produzidas. A autora tem por objetivo verificar como se dá a produção da cerâmica popular das comunidades artesãs; observar os trabalhos artesanais de caráter escultórico e/ou utilitário produzidos em argila, por mulheres ceramistas; identificar a trajetória da cerâmica partindo da produção, circulação e consumo das obras; detectar a influência sociocultural nas variações estéticas do artesanato produzido; e apresentar a trajetória visual da cerâmica, por meio de documentação iconográfica.