Oportunidade para o Brasil
Um dos fatores mais relevantes para a adição de valor na formação dos PIB nacionais está na logística de transporte. No entanto, o poder de barganha dos países nessa área só pode ser construído a partir de políticas públicas e crescimento da capacidade de oferta com tecnologia adequada. No caso do Brasil, apesar do imenso crescimento das oportunidades pela duplicação do fluxo de comércio do país nos anos mais recentes, tanto o transporte aéreo como o aquaviário e intermodal tiveram uma expressiva queda, perdendo grandes oportunidades e ocasionando redução no valor adicionado nacional. A proposta deste estudo foi, justamente, entender as causas mais profundas desse fenômeno e indicar caminhos para reverter essa tendência negativa. O material deste livro contém a síntese dessas pesquisas e procura colaborar com a discussão de um dos temas fundamentais para desatar os nós que prendem o crescimento sustentado da economia brasileira.
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Na virada deste milênio, a economia internacional costuma ser associada à ideia de globalização. E a globalização é, frequentemente, apresentada como um processo que reduz ou mesmo anula o papel político dos Estados nacionais. O primeiro ensaio deste livro examina essas relações, mais complexas do que supõe aquela narrativa corriqueira. Em seguida, reconstitui-se a história das teorias do desenvolvimento, as reflexões que tentavam enquadrar os países “periféricos” no desenvolvimento capitalista internacional. E o Estado nacional volta à cena como elemento decisivo, tanto no papel de ato político quanto na situação de arena em disputa. Mais que uma reconstrução do passado, sempre necessária, temos aqui, também, um exercício que ajuda a pensar as escolhas do presente.
O autor Gilberto Dupas é um dos principais estudiosos das lógicas e efeitos do capitalismo global e volta ao tema da globalização nesta obra, onde aborda os destinos da humanidade, tratando de suas incursões na filosofia, na política, na economia e apontando os impasses gerados nessa nova ordem global. Aborda a assimetria entre os poderes que os principais atores econômicos, políticos e sociais exercem sobre a nova ordem global e caracteriza as instabilidades e os impasses na formulação de modelos consistentes de equilíbrio e governabilidade sistêmica para a primeira metade do século XXI.
O progresso, acumulado por séculos e perseguido incessantemente, tem trazido felicidade para o ser humano? Ele tem tornado as pessoas melhores? Enfrentamos um paradoxo: destruição, morte e desesperança acompanham incríveis inovações tecnocientíficas. Vivemos, hoje, momentos mais inquietantes que os dos perigos nucleares, porque agora, por exemplo, são mais graves os dilemas éticos e morais dos riscos da microbiologia e da genética.
Neste livro, o autor examina as relações entre democracia e política externa, tema para ele de indiscutível atualidade e importância, que, no entanto, tem escassa presença na literatura em língua portuguesa. A obra foca o Brasil após a redemocratização, em 1985, para avaliar se a política externa brasileira tornou-se mais democrática no novo contexto ou se, apesar de ter ganhado mais espaço na mídia nesse período, continuou sendo decidida exclusivamente pelo Estado.
Se a crise financeira desencadeada em 2007 nos Estados Unidos ameaçava espraiar-se pelo planeta, com efeitos devastadores de longo prazo, hoje analistas econômicos já anunciam alvissareiros que o pior já passou. Porém, que medidas estruturais teriam sido tomadas para reverter a maior crise desde o crash de 1929? Como os organismos multilaterais e as potências globais combateram os efeitos adversos da hegemonização das finanças na economia internacional? Em vez de ter um ponto final, a débâcle de 2007 coloca assim uma interrogação permanente num sistema econômico global em que a crise não é contingência, mas sim desdobramento previsível. Com rigor analítico, Luiz Afonso Simoens da Silva investiga as entranhas desse dilema contemporâneo e, evitando atalhos, perscruta possíveis alternativas para países como o Brasil em que os efeitos dessa instabilidade permanente das finanças tendem a ser mais dramáticos.