Catálogo comentado (1503-1808)
Este é um livro exclusivamente dedicado às narrativas de viagem que mencionam o Brasil, catálogo acessivel e de fácil consulta, que oferece ao leitor dados acerca dos autores e de suas obras. O painel resultante exibe tanto a rica complexidade do país e de suas origens quanto a riqueza dos olhares que lhe dedicaram atenção.
Jean Marcel Carvalho França é doutor em Estudos LIterários pela UFMG e professor de História do Brasil Colonial na Unesp. Autor, entre outros livros, de Mulheres viajantes no Brasil; A construção do Brasil na literatura de viagem nos séculos XVI, XVII e XVIII; Diário de uma viagem da Baía de Botafogo ao sul do Brasil (1810), de William Henry May; Viagem ao Rio. Cartas da juventude de Edouard Manet (1848-1849); Literatura e sociedade no Rio de Janeiro oitocentista; e Imagens do negro na literatura brasileira.
Ronald Raminelli é doutor em História Social pela USP e professor associado II da UFF. É autor de Viagens ultramarinas; monarcas, vassalos e governo a distância e Imagens da colonização: a representação do índio de Caminha a Vieira; e coautor de Joaquim Nabuco – diários. Rio de Janeiro/Recife e Brasil, 500 anos de povoamento.
Este livro aborda momentos cruciais da história da capitania de São Paulo, como os períodos em que esta se chamava capitania de São Vicente e pertencia a donatários; o das Minas de Ouro, quando perdeu grande parte de seu território e passou a estar subordinada ao governo do Rio de Janeiro; e a restauração de sua autonomia até o movimento constitucionalista. O resultado não é um simples resumo da historiografia sobre São Paulo. Há dados fornecidos por obras recentes e mesmo por teses universitárias ainda não publicadas, além de intensas pesquisas realizadas em arquivos de São Paulo, Rio de Janeiro e Lisboa. Por isso, temos aqui elementos para o que se poderia considerar uma "história ainda não contada de São Paulo".
Ao ensejo do ano da França no Brasil, este livro reúne artigos que analisam a presença de imigrantes franceses em território brasileiro. Ao trabalhar extensivamente questões relativas às modalidades de instalação, inserção profissional e social, torna-se elemento precioso e inédito no campo de pesquisa da emigração/imigração francesa no Brasil nos séculos XIX e XX.
Filosofia e lingüística interagem ao longo deste livro. Inicialmente, são analisados Teeteto e Crátilo, diálogos de Platão. Em seguida, o estudo recai sobre o Curso de lingüística geral, de Ferdinand de Saussure. Ensaístas como Deleuze, Nietzsche, Hegel, Marx, Husserl e Merleau-Ponty também são ponto de referência para discutir qual é e como funciona a relação entre as palavras e as coisas. A obra ensina, acima de tudo, a duvidar de respostas fáceis e prontas, pois considera a filosofia a ciência da dúvida por excelência.
Este livro é resultado de um esforço coletivo: o de publicar reflexões sobre o tema da anistia; o de reunir pessoas para debater sobre a história política recente de nosso país, sobre as lutas travadas em favor da democracia, sobre as conquistas e derrotas dos movimentos, sobre os direitos humanos, sua violação e a impunidade que rodeia esta questão. É também resultado de um esforço que se iniciou pouco depois dos primeiros abusos da ditadura militar, com as primeiras lutas pela liberação dos presos políticos, pulverizadas em ações pontuais que mais tarde se constituiriam em uma grande campanha nacional pela anistia no Brasil.
O livro aborda o conceito de cinemateca desde o surgimento das primeiras coleções de filmes até os dias atuais, enfocando o final da década de 1950 e início da de 1960, quando um modelo específico de cinemateca, do qual o grande ideólogo foi Henri Langlois, é colocado em xeque no âmbito da Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF). O texto procura compreender ainda as especificidades da experiência brasileira no panorama político e cultural do país, analisando sobretudo o projeto político/pedagógico da instituição para o campo da educação e de políticas culturais no Brasil no período entre 1952 e 1973.